Assinar

10 fatos sobre redes sociais para prestar atenção

Buscar
Meio e Mensagem – Marketing, Mídia e Comunicação

10 fatos sobre redes sociais para prestar atenção

Buscar
Publicidade

How To

10 fatos sobre redes sociais para prestar atenção

Em um cenário conturbado, com transformações e atualizações diárias, fica difícil acompanhar tudo o que se passa, mas há sinais bastante perceptíveis que praticamente forçam as marcas a ficarem atentas


12 de agosto de 2015 - 4h52

Por Eduardo Vasques

Todos os dias tem novidade no universo das mídias sociais. E ficar antenado a tudo o que acontece anda cada vez mais difícil. Há, entretanto, alguns movimentos de mercado, de plataformas e até mesmo de comportamento do público que pulam na frente dos gestores de marketing e comunicação das empresas. Para pegar carona em tudo isso, é preciso prestar muita atenção e agir rapidamente.

1. Cada vez mais as plataformas sociais mandam no tráfego Entre os canais que se tornaram referência em termos de audiência e apropriação de interatividade estão o Buzzfeed e o Huffington Post. Seus relatórios são claros e mostram as redes sociais como as principais geradoras de tráfego e audiência. As plataformas sociais, inclusive, vêm brigando para se tornarem a primeira fonte de notícias para os usuários de internet. O relatório recente Reuters Digital News Report mostra que 34% dos entrevistados consideram o Whatsapp como uma importante fonte social de notícia no Brasil. O Instant Articles do Facebook está aí para mostrar essa realidade.

2. A hegemonia é perigosa
Já há alguns anos, acompanhamos uma soberania do Facebook em detrimento das demais plataformas sociais em termos de alcance, volume de usuários e audiência. Isso faz com que o jogo social aconteça de acordo com as regras estabelecidas – e muitas vezes não muito claras – de uma única plataforma. É muito poder para uma única empresa. O Google é o representante maior nesse quesito, quando falamos de buscas. Mesmo iniciativas recentes que tiveram destaque no cenário internacional já praticamente desapareceram do contexto – você se lembra do Ello, por exemplo?

3. A publicidade continua central no processo Por mais que muitos esforços sejam voltados para permitir e ampliar conexões entre pessoas, privilegiar relacionamentos, no fundo o que as plataformas sociais querem é obter o máximo de informações possíveis sobre o seu perfil para comercializá-las (vender) para as marcas (que compram espaço e publicidade para atingir seus públicos de acordo com os perfis que encontram nessas plataformas). Soma-se a isso a necessidade que as redes sociais têm de se mostrarem rentáveis para os investidores que ali colocaram alguns milhões de dólares.

4. Aplicativos de mensagens instantâneas são as novas redes sociais Cansados de encontrar pais e familiares ou até mesmo fugindo das discussões acaloradas demais em plataformas como Twitter e Facebook, as pessoas estão migrando para sistemas mais fechados e controlados. Especialmente no Brasil, onde a inclusão digital está acontecendo via mobile, os aplicativos como Whatsapp (que em janeiro já havia ultrapassado a marca de 700 milhões de usuários no mundo), Viber, Telegram e Snapchat ganharam força. O próprio Facebook, depois de comprar o Whatsapp e ser recusado pelo Snapchat, quebrou toda a experiência do usuário no celular em apps. Hoje, oferece um para linha do tempo, outro para gestão de páginas, outro para comunicador e assim por diante. O agravante para as marcas é que, até o momento, boa parte deles não pode ser monitorado.

5. O social commerce já é realidade
A combinação de redução de alcance dos conteúdos, necessidade de entregar retorno aos acionistas e marcas sedentas por criar relacionamento, ampliar e segmentar seus públicos vai provocar uma evolução significativa do social commerce. Os passos entre o ambiente de redes sociais e a aquisição de um produto, conteúdo ou serviço serão ainda mais curtos. Tanto que Instagram e até mesmo o Pinterest já estão disponibilizando botões de “comprar” em suas plataformas.

6. O conteúdo é cada vez mais visual
Lembra daquele bordão que ficou famoso em Cidade de Deus, quando o traficante Zé Pequeno pede para que seus comparsas procurem seu nome nos jornais e a resposta de um deles é: “só sei ler as figuras”? Então, no ambiente digital, as pessoas leem menos e as plataformas tendem a oferecer cada vez mais experiências visuais. De acordo com Leonardo Tristão, diretor-geral do Facebook no Brasil, “no último ano, o uso de vídeo cresceu 75%, o de foto 9%, enquanto o texto caiu 16%”.

7. Uma parcela importante do monitoramento de marca fica de fora Por mais que muitos esforços estejam sendo empregados, as ferramentas e os softwares de monitoramento já bastante conhecidos do mercado ainda não atingiram inteligência suficiente para capturar informações sobre a sua marca quando não há citações explícitas ou quando o conteúdo apresenta somente imagem e vídeo. Isso significa que se o seu logotipo ou uma imagem extremamente negativa associada à sua marca circular, você só saberá que esses dados estão circulando se uma boa alma encontrar e te encaminhar.

8. Boa parte do trabalho ainda é manual
Por mais que haja grandes avanços em relação à semântica aplicada às ferramentas e plataformas de monitoramento de redes sociais, a complexidade da linguagem e a rapidez com que as pessoas alteram sentidos, signos e significados não permite que esses softwares acompanhem essas alterações na mesma velocidade. Esse processo impede que a avaliação das marcas nesse ambiente social seja totalmente automatizado.

9. O papel do seu call center vai mudar
O avanço da nova geração de consumidores, nativos digitais e habituados a resolver tudo online, não terá a ligação telefônica como primeira opção. Isso pode ser uma boa notícia, afinal, sabemos o custo de uma operação de call/contact center. Por outro lado, o perfil de profissionais dedicados ao atendimento ao cliente vai mudar, os softwares serão outros e você terá de repensar toda a maneira de como oferece esse canal ao seu público.

10. Planejamento e gerenciamento em tempo real Crescimento do acesso, maior informação e interatividade amplificam o canal de retorno e tornam o público muito mais opinativo e interativo. Isso derruba qualquer planejamento de longo prazo e aumenta os riscos para empresas e marcas, fazendo com que o retorno e o gerenciamento de crise aconteçam praticamente de forma instantânea, forçando as empresas a investirem em marketing e comunicação em tempo real.

(*) Eduardo Vasques é head de mídias sociais da TV1.Com
 

Publicidade

Compartilhe

Veja também