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Uma lira para os olhos

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Uma lira para os olhos

O professor de efeitos visuais Chrystie Lira fala sobre a possível criação de uma entidade do setor e seu trabalho na computação gráfica


29 de julho de 2013 - 8h42

O mercado brasileiro de computação gráfica pode ganhar uma organização dedicada a atrair estúdios que, nos últimos anos, migraram para países como Canadá, Índia e China. “Existe uma vontade grande de criar uma organização no Brasil, mas não há nada concreto ainda”, diz Chrystie Lira, professor da Axis School of Visual Effects. “O mercado de 3D voltado para publicidade estará afinado com as técnicas e práticas utilizadas no mercado internacional. Só nos falta mesmo mais experiência em produções de grande porte”, contextualiza Lira, que começou a produzir trabalhos em 3D aos 16 anos com vinhetas para televisão.

Aos 38 anos, ele soma participação em centenas de projetos, inclusive Coca-Cola, Pepsi, Cultura Inglesa, Trident, Volks, Embratel, Vivo e Gatorade. “Alguns trabalhos ganharam prêmios, mas o que mais gosto é Hoje, Amanhã e Depois”, destaca, em referência ao clipe criado para o Nação Zumbi, que ganhou o Vídeo Music Brasil (VMB), da MTV, em 2006.

“O Brasil sempre teve um nome no mundo da computação gráfica mundial, seja por resultados de equipes que produzem comerciais e videoclipes, seja por trabalhos individuais de artistas que trabalham exclusivamente com a mídia digital em 3D”, aponta. Os recursos tridimensionais ficam cada vez mais flexíveis. Avançados algoritmos são utilizados, por exemplo, em ferramentas de render e lighting para imitar os efeitos da luz com a precisão mais próxima possível da realidade.

“A produção publicitária pega carona em todos os avanços do setor”, afirma. Dos estudantes aos profissionais, é fundamental conhecer os recursos disponíveis para garantir o controle sobre o resultado. A troca de informações é outra dica capaz de revelar truques frequentemente utilizados nos bastidores da produção.

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