SXSW e a experiência (de marca)
Experiência de marca não é sobre estampar um logo o máximo possível e em todo lugar. É sobre estar presente de um jeito que faça sentido, que ajude, gerando momentos culturais
Experiência de marca não é sobre estampar um logo o máximo possível e em todo lugar. É sobre estar presente de um jeito que faça sentido, que ajude, gerando momentos culturais
10 de março de 2025 - 12h38
Nesta edição, fui convidado a subir ao palco do SXSW, o maior festival de inovação e criatividade do mundo, para falar sobre algo que não é apenas uma estratégia, mas parte da essência de uma marca: experiências.
E por que isso importa, especialmente no caso do Itaú, onde trabalho? Porque bancos não são como jeans ou refrigerantes. Você pode trocar de bebida ou de roupa com frequência, mas dificilmente muda de banco. A relação é profunda, dura uma vida toda. E, quando um cliente se vai, trazê-lo de volta é um enorme desafio.
Por isso, estar presente em grandes eventos, não se trata de vender um produto. Ali, não somos o app. Não somos a agência física. Não somos nem mesmo o dinheiro, muitas vezes. Somos uma marca. E, como marca, atuamos como ponte entre mensagens e significado. Para criar conexões reais, precisamos falar, nos vestir e agir como quem está ali. Marcas que não se integram ao contexto são como organismos estranhos: rejeitadas, expelidas. Ser autêntico não é apenas uma questão de adaptação; é sobre ter clareza de propósito.
Em um país do tamanho e da diversidade do Brasil, precisamos ir além da comunicação. Precisamos mover as pessoas, conectá-las emocionalmente, criar momentos que permanecem na memória. Criar um legado de marca. E requer consistência e tempo.
Outro desafio importante, compartilhado por todas as marcas globais com as quais tenho interagido, é a mensuração dos resultados das ações de experiência de marca — o famoso ROI. Mensurar impacto vai além de likes e visualizações nas redes sociais: é preciso olhar para métricas de engajamento dos clientes, geração de leads e lifetime value. Mas temos sempre que considerar algo maior: como moldamos a cultura e construímos valor de marca no longo prazo.
Experiência de marca não é sobre estampar um logo o máximo possível e em todo lugar. É sobre estar presente de um jeito que faça sentido, que ajude, gerando momentos culturais que construam um legado de marca e para as pessoas.
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