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Bolsonaro critica BV e promete “democratizar verbas publicitárias”

Em discurso, presidente diz que nenhum órgão de imprensa terá mais ou menos direitos aos investimentos em mídia do governo

i 7 de janeiro de 2019 - 15h26

(Crédito: Marcus Leoni/Folhapress)

Os investimentos publicitários do governo e as verbas destinadas aos veículos de comunicação foram assuntos do discurso do presidente Jair Bolsonaro feito nesta segunda-feira,7, durante a posse dos novos presidentes dos bancos estatais (BNDES, Caixa e Banco do Brasil).

No Palácio do Planalto, o presidente discursou sobre a maneira como seu governo irá gerenciar os investimentos de comunicação e prometeu democratizar as verbas publicitárias. Dirigindo-se diretamente aos jornalistas presentes do ato, Bolsonaro disse que a imprensa livre é garantia da democracia e prometeu acabar com qualquer distinção de distribuição de verbas publicitárias.

“Nós vamos democratizar as verbas publicitárias. Nenhum órgão de imprensa terá direito a mais ou menos naquilo que nós, de maneira bastante racional, viermos a gastar com a nossa imprensa. Nós queremos sim, cada vez mais, que vocês (jornalistas) sejam mais fortes e isentos e não sejam, como alguns, infelizmente foram há algum tempo, parciais. A imprensa livre é a garantia da nossa democracia. Vamos acreditar em vocês, mas essas verbas publicitárias não serão mais privilegiadas para a empresa A, B ou C. E vamos buscar, junto ao Parlamento brasileiro, a questão da BV (bonificação por volume). Isso tem que deixar de existir. Aprendi há pouco o que é isso e fiquei surpreso e até mesmo assustado. Vamos eliminar essas questões para que a imprensa possa, cada vez mais, fazer um bom trabalho no Brasil”, disse o presidente.

Na noite de sexta-feira, 4, Bolsonaro, ao apresentar a nova marca do governo federal, disse que o anuncio não seria feito pelos meios tradicionais, como uma mensagem publicitária do governo, por questões econômicas. “A parte mais importante é que a divulgação está sendo lançada na internet com custo zero, economizando mais de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos, se a ação fosse realizada pelos canais tradicionais de TV”, escreveu o presidente em seu perfil.