D&AD: Almap, Ogilvy e Leo com ?bons clientes?

Felipe Turlao
28 de abril de 2014 - 2h41

O D&AD Awards realizou nesta semana em Londres os júris que definiram os cases “in-book” e “nomination”, sendo que os qualificados nesta segunda categoria concorrem agora aos Yellow Pencils e ao desejado Black Pencil – que serão revelados em 22 de maio. Os “in-book” garantiram menção no Anuário do D&AD.

As agências brasileiras conquistaram 37 prêmios do total de 683 que foram entregues nas 24 categorias do festival, o que representa 5,5% do total. Onze desses cases tiveram a graduação “nominated” (do total mundial de 202), contra 26 “in-book”. No ano passado, o Brasil havia obtido 29 prêmios.

A organização do festival elogiou o rendimento brasileiro, chamando atenção para o aumento de prêmios, mas também para a variedade de categorias em que eles foram conquistados: 13.

Clientes puxam agências

A Leo Burnett Tailor Made conquistou oito prêmios, sendo duas nominações e seis “in-book”. O destaque foi o case “Enterro do Bentley” de Chiquinho Scarpa, para a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, com duas nominações e um in-book, embora a campanha impressa “Letters: F, N, R” tenha garantido nada menos que cinco in-books.
 

Já a Ogilvy conquistou sete prêmios, embora tenha a vantagem de ter obtido quatro “nominations” e dois “in-book” para “Retratos da Real Beleza”, criado para Unilever. O outro prêmio, também “in-book”, foi para o anúncio “Israel”, para Médicos Sem Fronteiras. 

A AlmapBBDO conquistou sete prêmios e deve a maior deles à Volkswagen: as campanhas de mídia impressa “Placas”, “Serviços autorizados”, “Mais tempo para pensar” e “Apresentando” ganharam in-book e a série de comerciais “Sala”, “Closet” e “Banheiro” (comercial) faturou um “nomination”. Os outros prêmios foram com “Cachorros” para Effem e “Dor de cabeça”, para Bayer.  

Os quatro nominations da Ogilvy, os dois da Leo Burnett e o da AlmapBBDO se somam a outros quatro obtidos por agências brasileiras. Dois deles são da JWT, com a campanha “Superfórmula contra o câncer”, e o terceiro para “Dia da mentira”, da Africa para Folha, e o quarto para a Grey, com “Campo devastado”, para WWF.

Desta forma, o ranking de agências por total de prêmios (independente da graduação) fica desta forma:

Leo Burnett Tailor Made 8 (2 nomination e 6 in-book)

Ogilvy 7 (com a vantagem de ter 4 nomination e 3 in-book)

AlmapBBDO (1 nomination e 6 in-book)

JWT (2 nomination e 1 in-book)

AgênciaClick Isobar (3 in-book)

Grey (1 nomination e 1 in-book)

Loducca (2 in-book)

Africa (1 nomination)

Borghi/Lowe (1 in-book)

FCB (1 in-book)

Greco Design (1 in-book)

Y&R (1 in-book)

Na competição entre países, o Brasil, com seus 37 prêmios, fica atrás do Reino Unido (179), Estados Unidos (118) e França (48). Ficaram perto Japão e Austrália, com 35 prêmios cada. Vale a pena destacar forças emergentes como a Índia, que sai do D&AD com 25 prêmios, Cingapura, com 18 e Tailândia, com 15. Países com rendimento melhor em outros festivais. Outros com pouca ou nenhuma tradição, como Vietnã (2), Guatemala, Líbano e Hong Kong (todos com 1) conseguiram pontuar no D&AD deste ano.

Agora, os 202 trabalhos consagrados com “nominated” concorrem ao Yellow Pencil e ao Black Pencil, que serão revelados em 22 de maio. Geralmente entregue para poucos cases considerados verdadeiramente “outstanding” – no ano passado, a honraria coube a “Dumb Ways to Die”, da McCann para Metrô Melbourne, “Meet the Superhumans”, criado pela house do Channel 4 para divulgar os Jogos Paralímpicos, para a tocha olímpica dos Jogos Olímpicos de Londres e para o site do governo do Reino Unido.