Eppinghaus traz Picnic ao Brasil

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Eppinghaus traz Picnic ao Brasil

Criativo deixa a Prole assim como Flávio Azevedo, que prepara abertura de nova agência em São Paulo


23 de abril de 2015 - 12h58

Projetos colaborativos entre empresas, talentos e a cidade do Rio de Janeiro. É nisto que André Eppinghaus quer trabalhar e com este foco ele anuncia a saída da Prole, agência que criou há dez anos e na qual tinha ao seu lado como sócio majoritário Renato Pereira. Também deixa a empresa Flávio Azevedo, outro sócio fundador, até então responsável pelo escritório de São Paulo. Azevedo se prepara para anunciar a abertura de uma nova agência na capital paulista, para a qual migrará a carteira de clientes do setor privado atendida na cidade pela Prole.

O primeiro projeto de Eppinghaus nesta sua nova fase profissional já está definido e tem data certa para acontecer. O criativo trará ao Brasil o festival Picnic. O evento, que foi criado em Amsterdam em 2006, firmou-se como um festival inovador de economia criativa e cultura digital, com palestrantes do mundo inteiro e participação de profissionais das mais diversas áreas. A edição nacional será a primeira completa a ser realizada fora da Holanda.

“O Picnic conversa com várias áreas de interesse, sempre focado em economia criativa e com uma pegada muito forte em geração de negócios”, frisa. A chegada do evento ao Brasil acontece em parceria com Daniela Brayner, da Nuvem Criativa. A primeira edição brasileira do Picnic acontecerá em março do ano que vem, encerrando o calendário das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro. Ele será realizado no Parque das Ruínas, e contará com a parceria da Prefeitura e Governo do Estado do Rio de Janeiro, RioNegócios e do consulado holandês. Pelo contrato com os criadores do evento, até 2020, o Brasil terá três edições do Picnic.

Antes de criar a Prole, Eppinghaus comandou a operação carioca da Ogilvy, onde acumulava a vice-presidência executiva e a direção de criação. Em 2005, resolveu deixar a empresa e partir para outro caminho, fundando a agência da qual agora se despede. Ele considera que, da mesma forma que se reinventou naquele momento, mais uma vez é hora de dar um novo rumo à sua trajetória. “Chegou a hora de contribuir com a cidade de outras maneiras. Desejos pessoais e demandas empresariais já não estavam cabendo na mesma pessoa. É hora de me reinventar outra vez”, diz.

A ideia é investir em iniciativas de coworking, como o Picnic. “Plataformas colaborativas como um espaço em que se permite mais criatividade, com projetos mais fora da caixa. Buscamos isso como norte e o Picnic é uma plataforma para isso acontecer, para colocar gente junto”, afirma. Ele quer que seu novo negócio funcione como um bureau de aproximação de cidades, no caso o Rio de Janeiro, com empresas e talentos. “Conseguir atrair empresas e talentos para colaborar e trabalhar juntos em projetos transformadores. Amsterdam começou assim, viveu uma crise econômica e política parecida com a que temos hoje, e se reinventou com foco em economia criativa, design, tecnologia. Tem um caminho nisso”, acredita. Eppinghaus lembra que, do ponto de vista macroeconômico, este é um ano difícil no Brasil. “Por outro lado cria possibilidades para novos formatos de colaboração”, conclui.

Além do foco nestes projetos, o criativo também terá participação acionária na agência que Flávio Azevedo abrirá em São Paulo. Ela nascerá com uma carteira de clientes que inclui anunciantes como WTC, Andef, Q Chocolate e Grupo Roncador. O diretor de arte e designer Bruno Bertani e o jornalista Fábio Portela também serão sócios do novo negócio. “O André será um conselheiro importante e vai gerar negócios para nós a partir do Rio. Fizemos a Prole juntos e realizamos o sonho de ter uma agência diferente, verdadeiramente relevante, onde as pessoas quisessem trabalhar e encontrar seu espaço. Hoje começamos uma nova história com princípios parecidos, mas novamente tentando buscar um formato mais arrojado. Posso dizer que somos especialistas em reinvenção”, salienta Azevedo.

Contas públicas

Com a saída de Eppinghaus e Azevedo, a Prole continua no mercado tendo como sócios Renato Pereira, Luiz Loffler, William Passos, Marcelo Carneiro e Eduardo Villela, que ficam com as ações dos que estão se desligando. No ano passado, outro fundador, o diretor de arte João Paulo Pereira, já havia deixado a agência. A empresa tem 52 funcionários no Rio de Janeiro e suas principais contas são o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio, além da Prefeitura de Niterói. Vale lembrar que a conta da Prefeitura do Rio estava em concorrência e teve seu resultado divulgado na última sexta-feira, 20, quando a Prole foi anunciada como uma das vencedoras.

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