Clube de Criação renasce aos 40

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Clube de Criação renasce aos 40

Segundo o presidente, Fernando Campos, nova assinatura simboliza primeiros passos para uma abrangência mais ampla e global


13 de abril de 2015 - 10h46

O Clube de Criação de São Paulo, tradicionalmente conhecido como CCSP, chega aos 40 anos de existência adotando uma nova marca: Clube de Criação. “Fica menor para ficar maior, mais amplo e global”, diz Fernando Campos, presidente da entidade e sócio e CCO da Santa Clara. Segundo ele, a mudança de nome representa os primeiros passos para o clube consolidar-se mais como espaço mais aberto a ideias criativas e menos restrito a profissionais da criação. “Éramos um clube no sentido ruim, chatinho, feito por publicitários para publicitários. Além disso, ele nem sequer é o clube de São Paulo, do Brasil. Nossa referência não pode ficar restrita dessa forma.”

Para ele, um dos principais sinalizadores dessa postura mais abrangente é o festival, que há quatro anos ganhou novo formato, com mais palestras, debates e participantes de diversas áreas da comunicação. “O evento abandonou o modelo clássico de festival e passamos a abordar temas relevantes não só para o mercado, mas para a sociedade, como economia criativa. A intenção é que o festival seja um radar criativo sobre assuntos que vão acontecer e atraia qualquer pessoa interessada em criatividade”, explica. Campos observa que no ano passado, por exemplo, os irmãos cartunistas Paulo e Chico Caruso realizaram uma palestra sobre charges políticas e falaram, entre outros assuntos, sobre o trabalho do Charlie Hebdo. “Esse e outros temas, não necessariamente ligados ao negócio da publicidade, são inspiradores para os participantes”, afirma.

Apesar de direcionar os pés para o futuro, o clube quer valorizar o passado da propaganda. Para a edição do festival neste ano, a Borghi Lowe desenvolveu uma ação que irá convidar 40 criativos, que tiveram destaque em algum momento da publicidade brasileira, para criarem obras de arte. Cada peça será numerada e exposta no evento, e, posteriormente, entregue aos sócios do clube e aos palestrantes. Outra iniciativa especial para comemorar o aniversário da entidade, que une passado e presente, é a digitalização do primeiro anuário, com data de 1975, que já está disponível para consulta no site. Foi desse livro, aliás, que surgiu a ideia para o filme de celebração da data. Criado por Washington Olivetto e Francesc Petit, “Homem de 40 anos” conquistou o 1o Leão de Ouro do Brasil em Cannes, no mesmo ano em que o Clube de Criação era fundado.

O comercial, produzido para o Conselho Nacional de Propaganda, pregava o fim do preconceito das empresas com os profissionais que passaram dos 40 anos. A reedição, assinada pelo próprio Washington, mantém a mesma narração e temática — fotos de homens importantes, como Albert Einstein e Pixinguinha —, mas reforça o fato de que, ainda hoje, há a percepção de que quando se chega a essa idade, as ideias se tornam ultrapassadas. No entanto, a mensagem final é encorajadora: “Vale lembrar que todas as pessoas que você viu aqui continuaram fazendo sucesso bem depois dos 40. Como todas as pessoas que criaram e produziram nesse comercial, continuarão servindo de inspiração para que o preconceito seja coisa do passado.” 

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