Estádio da Baixada aposta em eventos

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Estádio da Baixada aposta em eventos

Atlético Paranaense quer transformar a sede de Curitiba na Copa de 2014 num polo de entretenimento


25 de maio de 2015 - 8h13

Único dos 12 estádios da Copa do Mundo de 2014 a optar pela autogestão da obra em vez dos consórcios de empreiteiras, o Estádio da Baixada, do Atlético Paranaense, inicia uma nova fase do plano que pretende transformar o empreendimento num polo de entretenimento da região.

Mauro Tostes, diretor de operações da CAP S/A, empresa criada pelo clube para gerir o espaço, começou a estruturar a divisão de eventos em dezembro de 2014. A equipe desenvolveu um portfólio com os espaços disponíveis e suas capacidades, e partiu para o mercado. Existem mais de 40 conversas em andamento.

Além do estádio em si, que pode receber quase 43 mil pessoas nas arquibancadas e mais de 50 mil se for utilizado o gramado, o empreendimento conta com 12 espaços convencionais para a realização de eventos. Ainda está no projeto a construção de um sportsbar no andar dos camarotes.

O complexo inclui também 42 lojas internas e um boulevard externo com 15 lojas — sendo uma megastore do Atlético e um centro de atendimento ao turista. O primeiro contrato foi assinado com uma paleteria. “Não queremos ser locador de chão. Queremos vender todos os serviços, até catering, na mesma filosofia de um hotel. Pretendemos fazer receitas com a diversidade de eventos, com vários no mesmo dia e ao mesmo tempo. Temos 14 mil metros quadrados. Podemos fazer até 200 eventos por mês”, afirma Tostes, ex-GL Events.

O Estádio da Baixada já sediou um Feirão da Fiat, que registrou crescimento de vendas de 40% na comparação com os realizados em estacionamentos de shopping e hipermercados, um casamento coletivo de 800 casais para 15 mil pessoas, além de atividades da prefeitura de Curitiba. Existem negociações com eventos de motocross, de games e de artes marciais mistas.

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Em outra frente, a CAP quer concluir até o final do ano o projeto de construção de uma arena multiuso para dez mil pessoas anexa ao estádio. As fundações já foram feitas e o clube busca um parceiro para viabilizar o empreendimento. “Queremos transformar Curitiba num centro de entretenimento, atraindo pessoas”, conta Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético, que espera um fluxo de três milhões de pessoas por ano no complexo quando a arena estiver pronta.

Já em agosto, será inaugurada uma rede interna de 220 monitores instalados pela Panasonic, primeiro patrocinador do estádio. As telas se juntarão aos telões e ao wi-fi nas propriedades que serão negociadas pela Estádio TV, empresa da Globo criada para comercializar mídia em arenas. O plano comercial da CAP inclui seis cotas, sendo a principal de naming rights e cinco de founding partners.

“Existem conversas e prospecções, mas o mercado está refratário. No ano passado o problema era a Copa. Neste ano, a indefinição política e econômica. Mas acho que vamos conseguir, porque temos, realmente, um equipamento multiuso”, diz Mauro Holzmann, diretor executivo de marketing e comunicação do Atlético.

Na estratégia para atrair parceiros, o clube deixou em aberto a cota de patrocínio da manga do uniforme, que pode ser negociada junto com as cotas do estádio, caso haja interesse das empresas. A equipe tem patrocínio de Nutrilatina, Coca-cola (que tem exclusividade na venda de produtos no estádio nos dias de jogos), Umbro e Caixa (que paga R$ 6 milhões).

Outra fonte de renda ligada ao estádio é o plano de sócio-torcedor Furacão. São 22 mil associados em três tipos de plano que têm tíquete médio de R$ 120. O objetivo da diretoria é chegar à marca de 40 mil sócios. Todos têm cadeira marcada e preço subsidiado de alimentos e bebidas nos bares e restaurantes. 

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