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Ventos sopram a favor do mercado de notícias
Negócios bilionários envolvendo veículos como o Financial Times e o apetite de investidores por plataformas digitais trazem esperança às marcas de mídia
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Meio & Mensagem
30 de julho de 2015 - 8h25
Os últimos anos não foram de muitas razões para que o mercado global de notícias comemorasse. Recentemente, porém, algumas movimentações relevantes estão trazendo esperança às empresas de mídia em todo o mundo. Na semana passada, a venda do Financial Times, pela Pearson Group, para o japonês Nikkei por US$ 1,3 bilhão mostrou que existe dinheiro disponível para investimentos em marcas de mídia. Agora, o Pearson negocia a venda de sua participação de 50% na The Economist Group, que entre outros títulos, edita a revista The Economist.
Em uma reportagem especial, nesta quarta-feira 29, o Financial Times mostra exemplos recentes de que o mercado de mídia, seja o chamado tradicional ou digital, está movimentado. A conclusão da reportagem é que existe apetite por parte dos investidores para tais projetos. A Vox Media, por exemplo, dona de sites como Eater, Curbed e Recode, levantou, em 2014, US$ 46,5 milhões com o fundo General Atlantic. A plataforma BuzzFeed recebeu US$ 50 milhões de investimentos da Andreessen Horowitz, empresa de capital privado do Vale do Silício.
Outro fluxo de recursos vem de bilionários como o mexicano Carlos Slim, que dobrou sua participação no The New York Times neste ano para 17% e de Jeff Bezos, fundador da Amazon, que comprou o Washington Post há dois anos por US$ 250 milhões. Desde o fim de maio, o grupo de luxo francês LVMH, dono de marcas como Louis Vuitton e Sephora, está interessado na compra do diário Le Parisien, maior jornal da França em tiragem com 229,6 mil exemplares. Francis Morel, diretor-geral do braço de mídia do LVHM, disse que a publicação é uma marca respeitada e contribuirá para o grupo.
A alemã Axel Springer recentemente investiu US$ 20 milhões na Ozy, uma empresa de notícias para o público da geração milênio, adquirindo 16% de suas ações em uma transação que avalia o grupo em US$ 120 milhões. A relevância do conteúdo baseado em notícia também motivou Apple e Facebook a criarem serviços de notícias recentemente. Em 2015, será a primeira vez que os smartphones responderão por 50% do consumo de notícias no mundo, ante 25% em 2012, de acordo com Ken Doctor, analista da Newsonomics.
A chegada de recursos para essas empresas vai ajudar no processo de modernização e teste de novas plataformas. O Financial Times deve se beneficiar com uma expansão por mercados da Ásia. Já o BuzzFeed, desenvolve negócios internacionais e contratou, recentemente, Janine Gibson, antiga editora do jornal britânico Guardian" nos Estados Unidos, como editora no Reino Unido.
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