Cinco tendências para o futuro do live marketing

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Opinião

Cinco tendências para o futuro do live marketing

As principais novidades apresentadas e discutidas no Event Tech 2017, um dos maiores eventos globais que aponta caminhos de impacto para o setor


8 de dezembro de 2017 - 11h39

Experiências ao vivo associadas a inteligência artificial e realidade virtual são algumas das tecnologias promissoras que deverão impactar o setor de live marketing nos próximos anos. Esta é a visão do Event Tech 2017, conferência anual que expõe as principais tecnologias incorporadas em eventos e ativações, que reuniu agências e anunciantes de todo o mundo, no mês passado, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Estive lá, acompanhando tudo o que foi debatido, e indico aqui cinco tendências que vão ganhar fôlego nos eventos e ativações de marcas no Brasil e no mundo em 2018. A lista é baseada em iniciativas pioneiras que vêm sendo praticadas por alguns players globais, como IBM, GoPro, AB Inbev e HP, entre outros, e que foram destaques nas palestras do evento.

E-Sports

Um dos grandes destaques do Event Tech 2017 foi o debate sobre o crescimento dos E-Sports no mundo e como as marcas estão usando este segmento como plataforma de comunicação. Estão surgindo algumas oportunidades de patrocínios de E-Times e E-Players, que têm muito engajamento entre a geração C, os creators, e chega a superar os esportes tradicionais. No YouTube, por exemplo, esse público costuma jogar e dedicar muito tempo para assistir a competições ao vivo e assistir a vídeos com conteúdo de jogadores.

A lenda é que a Olimpíada Paris 2024 estuda incluir esta modalidade em suas disputas oficiais, como forma de atrair os jovens e não deixar que a audiência do evento envelheça. Essa é uma estratégia que tanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) quanto as marcas começaram a perceber. Isso é muito importante para o Brasil, pois nosso país é o terceiro maior público de E-Sports do mundo e nossas marcas não podem deixar essa oportunidade de lado. Coca-Cola e Fanta são alguns patrocinadores que já estão investindo nisso.

Facepass / Facial Recognition

Trata-se da tecnologia de reconhecimento facial que tem se popularizado à medida que está presente nas novas linhas de smartphones. Isso vai impactar o universo de eventos, bem como a interação nos pontos de venda. Do ponto de vista comercial, grandes empresas já testam o ‘cashier-less’, em que estabelecimentos dispensam os caixas tradicionais ou qualquer outro dispositivo como cartão de crédito/débito ou wearables para concretização da compra, com o pagamento feito via reconhecimento facial. Em outras palavras, a marca te conhece: você entra na loja e ela já sabe que é você.

Mas não é só como meio de pagamento que o reconhecimento facial irá avançar, mas também como ferramenta do live marketing, principalmente em promoções. A tecnologia será capaz de compreender, por exemplo, o humor dos consumidores e propor uma promoção baseada nesse diagnóstico prévio. A chinesa Alibaba e a americana JetBlue já testam esse dispositivo, que pretende impactar o varejo e o mercado de eventos como todo.

VR Live Events

O hábito de assistir a conteúdo de entretenimento ao vivo em casa, por meio de realidade virtual, será cada vez mais comum. A tendência é que o VR tenha uma maior aderência do que o 3D, pois possibilita assistir a shows, esportes e qualquer outra modalidade de entretenimento de forma imersiva. Algumas plataformas, como os Oculus Venues e os VR Vip Seats, já estão popularizando este tipo de experiência. Além de mudar o jeito de como se transmite eventos esportivos e shows, isso tem gerado muitos questionamentos sobre como as marcas vão se comportar dentro desse novo ambiente, pois a fórmula que funciona para a televisão talvez não funcione neste tipo de conteúdo imersivo. A forma de se anunciar também deve mudar. É preciso pensar em maneiras de as marcas estarem mais presentes e tornar o consumidor ainda mais imerso em experiências completamente diferentes. Há alguns testes no Brasil nas áreas de shows e esportes e a expectativa é de que cresça muito já a partir do próximo ano.

IBM Watson / Inteligência Artificial

A palestra da IBM foi uma das mais disputadas no Event Tech 2017, já que essa é a tecnologia da vez para todo mundo. O slogan deles é bem claro: ‘Você ensina, Watson aprende’. Com isso, querem mostrar que as pessoas podem fazer absolutamente tudo. É um universo novo para eventos e qualquer experiência que envolva o consumidor. O API do IBM Watson agora está aberto, então qualquer pessoa pode desenvolver, com isso, teremos mais liberdade de fazer testes no Brasil em áreas como chatbots, computação e robótica.

Provavelmente, 2018 será um ano de muitos testes para ativação de marcas. Eles deram vários exemplos de utilização em eventos, como robôs que viram concierges, tiram dúvidas dos participantes e deixam o serviço mais inteligente e personalizado, ou os ‘robot chefs’, capazes de compreender o perfil dos convidados e fazer pratos exclusivos e específicos para aquela experiência gastronômica. A IBM está distribuindo kits do TJ Bots (Robô Maker) em escolas, em que os alunos aprendem a criar os próprios robôs e vão personalizando-os por meio do API e isso impacta a educação, onde as aulas de cognição se tornarão mais comuns no futuro.

Na área de live marketing, será possível criar eventos mais customizados, em que robôs mensuram desde como as pessoas dançam, o que comem e bebem, além de poder mudar a música e a comida. Tudo será mais personalizado com a inteligência do Watson.

AR Presentation

Esqueça Power Point e o Keynote em apresentações. O Prezi AR chegou para inovar a forma como passamos conteúdos. As palestras e eventos corporativos serão feitos com realidade aumentada e o apresentador entra na narrativa repleta de telas dinâmicas e interativas.

Além desses temas, foram muito debatidas as novas utilizações do Blockchain, como o MIT que está usando a tecnologia para emitir diplomas virtuais.

E também os virtual desktops, áreas de trabalho virtuais como o Oculus Dash e Google Jamboard que estão revolucionando a forma de realizar trabalhos colaborativos e de forma remota.

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