Inovar para superar desafios
Soluções que impactem os negócios são a matéria-prima dos indicados a Profissional de Inovação Paula Puppi, do WPP, Gilson Rodrigues, do G10 Favelas, e Leonardo Queiroz, da Cogna
Soluções que impactem os negócios são a matéria-prima dos indicados a Profissional de Inovação Paula Puppi, do WPP, Gilson Rodrigues, do G10 Favelas, e Leonardo Queiroz, da Cogna
A amplitude do próprio conceito de inovação pode ser facilmente evidenciada pela pluralidade dos concorrentes a Profissional de Inovação no Caboré 2023. Estreantes na premiação, os três executivos lideram áreas completamente diferentes, mas que têm características comuns em direção à busca por soluções que impactem os negócios.
Leonardo Queiroz, sócio e vice-presidente de crescimento da Cogna, holding de empresas educacionais, opina que, no contexto da educação, inovação surge a partir da ambição de construir soluções que possam contribuir para a evolução profissional das pessoas que participam da rede. Para ele, o avanço do setor no Brasil está diretamente relacionado a estratégias inovadoras. “Adotamos a visão ambidestra, ou seja, potencializamos a força do nosso core business enquanto, paralelamente, buscamos maneiras de tornar a educação mais acessível, eficaz e envolvente, ao mesmo tempo em que entregamos resultados mensuráveis aos alunos”, comenta.
Na publicidade, a inovação tem, de fato, viés tecnológico, já que o consumidor está conectado em, praticamente, todos os momentos. Porém, diz Paula Puppi, chief transformation officer (CTO) do WPP, inovar também é facilitar a complexidade da comunicação para os clientes, sem perder a profundidade de cada disciplina. “Essa busca por simplificação e clareza dos modelos de negócio me fascina”, diz.
Para o presidente do G10 Favelas, Gilson Rodrigues, inovação é abordagem essencial para a melhoria das condições de vida nas favelas e comunidades do País. A G10 Favelas é uma organização sem fins lucrativos com foco em empreendedorismo de impacto social. “Significa encontrar novas maneiras e possibilidades de solucionar problemas locais, sejam habitação, educação, saúde, emprego ou segurança”, afirma Rodrigues.
Com a agenda de governança ambiental, social e corporativa (ESG) como parte das conversas empresariais, pensar inovação é também procurar respostas aos desafios globais, como a crise climática. Nesse sentido, Rodrigues comenta que o G10 tem iniciativas que vão de sistema logístico de última milha à moda upcycling. “A inovação pode contribuir para a criação de programas e soluções que melhorem as condições de vida nas comunidades e favelas. Também pode abordar questões ambientais, como o acesso à água potável e ao saneamento básico”, explica.
Queiroz, da Cogna, acrescenta que, na educação, as práticas de ESG podem orientar o alinhamento entre estratégias e valores éticos e responsabilidade social. Assim, a inovação possibilita criar “abordagens educacionais mais inclusivas e acessíveis” que promovem, entre outras coisas, cidadania ativa.
Paula, do WPP, salienta o papel influente da comunicação como agente transformador de comportamentos e de promotor de conscientização para questões como desigualdade social, inclusão, diversidade e mudanças climáticas. “As marcas possuem escala e influência e, através das nossas habilidades em dados e tecnologia, podemos fazer a diferença local e global”, afirma.
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