A história do primeiro Leão da WT no Brasil
“Cidade Inerte” foi o primeiro job após a fusão e “previu” São Paulo parada cinco dias antes do lockdown
“Cidade Inerte” foi o primeiro job após a fusão e “previu” São Paulo parada cinco dias antes do lockdown
Renato Rogenski
25 de junho de 2021 - 9h25
Com Bronze em Film e Film Craft no Cannes Lions, o case “Cidade Inerte” vai ficar marcado como o primeiro Leão da história da Wunderman Thompson, agência resultante da fusão entre Wunderman e J Walter Thompson, consolidada no Brasil a partir de 2019. O curta mostra como seria se toda a cidade de São Paulo parasse, de fato, com seu trânsito caótico.
Com produção da Saigon e direção de Vellas, o filme foi demandado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Tribeca, festival de cinema independente dos Estados Unidos. “O convite para esse trabalho veio do Google, que fez uma parceria com a ONU e com o festival para trabalhar as metas do pacto global. E eles nos convidaram para trabalhar com a temática de cidade sustentável. O Leão representa muito e esse é um trabalho especial para nós”, conta Keka Morelle CCO da agência.
Segundo Alvin Shiguefuzi, diretor de criação da WT, esse primeiro leão surge também do primeiro job oficial da agência, após a fusão. “Lembro da Keka anunciando o briefing na primeira vez que juntamos todo mundo”, conta. Por ser uma oportunidade legal de fazer um trabalho para a ONU em parceria com o Google e o Tribeca, lembra o criativo, a liderança da empresa abriu o briefing para que todos pudessem participar.
Alvim conta também que a agência avaliou quase 80 ideias do time interno, antes de chegar ao roteiro filmado, que pretende mostrar o que aconteceria se o trânsito da cidade fizesse São Paulo parar de vez. “E o mais curioso, foi que terminamos de filmar cinco dias antes do lockdown em São Paulo, dias em que a cidade nunca esteve tão vazia e praticamente sem nada de trânsito”, revela.
Para o diretor Vellas, o Leão é o reconhecimento por um dos melhores projetos que ele diz já ter desenvolvido em toda a sua carreira. “A mensagem e o tema do filme são poderosos e importantes. Fui criado em São Paulo e me senti totalmente imerso na história. Também perdi muitos dias da minha vida preso em engarrafamentos. A WT foi uma grande parceira desde o início, e me deu 100% de liberdade criativa sobre o roteiro. E a Keka liderou a equipe de forma muito precisa, intuitiva e objetiva”, finaliza.
Compartilhe
Veja também
Brasil sobe para a segunda posição no Lions Creativity Report
País ocupa segundo lugar depois de seis anos consecutivos na terceira colocação do relatório anual do Lions
Veja ranking atualizado das brasileiras mais premiadas na história de Cannes
Gut sobre da 19ª para a 14ª colocação; e, nos três primeiros lugares, a Almap acumula 276 troféus; a Ogilvy mantém 158 Leões; e a DM9, brasileira mais premiada em 2024, salta de 137 para 153 troféus