Três perguntas para redesenhar o modelo
Como inspirar mais criatividade? Como ganhar mais dinheiro? Como proporcionar mais felicidade?
Como inspirar mais criatividade? Como ganhar mais dinheiro? Como proporcionar mais felicidade?
21 de junho de 2022 - 14h39
Como inspirar mais criatividade? Como ganhar mais dinheiro? Como proporcionar mais felicidade? Pensar o que a gente faria de diferente para alavancar esses três pontos, foi o que a Cindy Gallop propôs numa palestra aqui em Cannes, dividindo a audiência em muitos grupos, bem mais do que ela esperava, afinal esse drama atrai muita gente.
Para inspirar mais criatividade, boa parte das soluções tinham a ver com os processos que consomem: passar menos tempo em reunião, acabar com os e-mails, menos canais e grupos para responder, um líder responsável do começo ao fim, tomada de decisão em tempo real. Também apareceu muita coisa relacionada a uma mudança de atitude e foco, mais liberdade criativa, menos amarras, mais propriedade pelas ideias, quem sabe até inverter a relação, ter um banco de ideias e o cliente vem e compra o que quer, pelo preço que custa. Saiu forte também a questão da diversidade e multidisciplinaridade, ter um time de mentes diversas como prioridade e desde o princípio, dar mais voz a todo mundo, ter certeza de que todos tem espaço para colaborar. E paradoxalmente, para inspirar mais criatividade, um grupo deu fim a Criação, entendendo que ela não pode ficar confinada num único departamento, é papel de todos.
Para ganhar mais dinheiro, de maneira geral, as soluções iam na direção de estabelecer mais produtividade e menos contratos por hora homem. Ter mais parcerias de longo prazo e baseados na monetização da criatividade, no valor agregado da ideia. Ser sócio do sucesso, compartilhar ganho que foi proporcionado com a criatividade. O tradicional ROI, virou “return on ideas”.
Para proporcionar mais felicidade, uma miscelânia de recomendações em várias direções. Fazer parte. Todo mundo ser sócio. Ter mais transparência e papéis bem definidos. Eliminar hierarquia e democracia de grupinhos. Um ambiente mais amigável, com comida e bebida de graça. Poder trabalhar de onde quiser, flexibilidade. Mais propósito, 4 dias de trabalho regular, 1 dia focado em ações sociais.
O mais interessante aqui nesse terceiro ponto, é que um dos grupos, apenas um, inverteu a ordem e começou pensando em felicidade, isso porque na opinião deles, é a base de todo resto. Felicidade ancorada num conceito de transparência e honestidade radical. Não por coincidência, esse grupo era formado por estudantes bem jovens, esses talentos que estamos querendo com tanto custo atrair para o nosso negócio. Precisamos com urgência proporcionar mais felicidade.
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