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Comunicação

Após balanço do 1º semestre, WPP revê previsão anual

Em seu desempenho mais baixo nos últimos 17 anos, holding espera fechar 2017 com um crescimento de até 1%


25 de agosto de 2017 - 10h52

Martin Sorrell, CEO do grupo WPP (Crédito: Eduardo Lopes)

O WPP voltou atrás com sua previsão de crescimento para 2017. A já modesta perspectiva de encerrar o ano com uma alta de 2% na receita foi substituída por um cenário ainda mais alarmante: zero a 1%.

A revisão se dá logo após o lançamento do balanço financeiro do primeiro semestre da holding, que teve uma queda de 13% de suas ações. O faturamento da companhia no primeiro semestre do ano foi de US$ 34.442,37 bilhões, montante que corresponde a uma baixa de 4,7% em moeda constante.

O resultado deve-se, em grande parte, à diminuição do investimento publicitário de anunciantes de bens de consumo, responsáveis por 30% da receita da multinacional. No início do ano, a Unilever, uma das principais contas do WPP, declarou que reduziria em 30% o número de agências. A P&G, outro grande cliente da holding, deve eliminar US$ 2 bilhões de investimento em marketing nos próximos cinco anos, sendo que US$ 500 milhões correspondem a fees destinados a agências e produtoras.

Na América do Norte, região que responde por 38% dos negócios do WPP, teve vendas líquidas com queda de 3,3% no segundo trimestre e 2,2% no primeiro semestre. Dentre os 30 maiores clientes do WPP, 14 tiveram uma queda de 2,5%, em média, nas vendas líquidas na primeira metade do ano.

Segundo Martin Sorrell, CEO do WPP, o segundo semestre de 2017 começou devagar, com baixa de 2,6% nas vendas líquidas em julho. A perda de contas como AT&T, em 2016, e Volkswagen, no começo deste ano, também influenciaram o desempenho inferior da holding em relação ao primeiro semestre de 2016, quando a holding cresceu 9,3%.

“Estou um pouco mais otimista em relação a 2018 do que 2017. Não vejo como um crescimento mínimo ou inexistente no segmento de bens de consumo pode funcionar. Há evidências inconversíveis de que as companhias que investem em inovação e branding conseguem um melhor desempenho”, afirmou Sorrell.

Com informações do Advertising Age

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