Atendimento luta por entidade própria
Núcleo embrionário do Grupo de Atendimento se reúne com apoio da Associação dos Profissionais de Propaganda
Núcleo embrionário do Grupo de Atendimento se reúne com apoio da Associação dos Profissionais de Propaganda
Felipe Turlao
16 de novembro de 2012 - 9h36
Com a liderança de Marcelo Passos, diretor-geral de atendimento e gestão da Africa, profissionais da área de atendimento tem se reunido de forma regular na Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), em São Paulo. O objetivo é a gestação do Grupo de Atendimento, que funcionaria nos mesmos moldes do Grupo de Planejamento, que também nasceu dentro da entidade. “É uma ânsia natural do mercado ter um espaço para organizar a categoria, investir em cursos, acionar banco de currículos e palestras”, salienta Passos.
Criado em outubro do ano passado, o núcleo ainda informal enfrentou obstáculos desde seu lançamento. O principal deles foi a saída da antiga líder Angelica Armentano, então diretora geral de atendimento da DPZ que, ao deixar a agência, optou por se retirar da função, embora permaneça como diretora da APP. Além disso, compromissos profissionais dos envolvidos atrasaram os planos. “Não adianta passar a carroça na frente dos bois. Na verdade, falta tempo das lideranças que, uma hora, vão acabar se convencendo da importância deste movimento”, acredita Passos. Além dele, estão envolvidos nas discussões nomes como Márcio Oliveira, vice-presidente de operações da Lew’Lara\TBWA e Eduardo Simon, sócio e diretor de atendimento da Taterka.
No Rio de Janeiro, a categoria também não tem tido muita visibilidade pública. Embora formalmente constituído, o Grupo de Atendimento e Planejamento (GAP), presidido desde o ano passado por Flavio Martino, sócio e diretor executivo da Giacometti, teve pouca atividade em 2012.
Apesar dos percalços, para o estabelecimento de uma entidade própria, o atual momento, em que as agências se mostram interessadas em aproveitar melhor o potencial da função de atendimento, por meio de reestruturações de processos que tornem a atividade mais estratégica, poderia coincidir com um olhar mais preocupado dos profissionais da área sobre o posicionamento da categoria. E o setor de atendimento, em seu canto na agência, sabe bem o quanto perdeu no passado por causa da falta de voz institucional.
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