O destino de quatro executivos após fusão
John Wren se tornará CEO do Publicis Omnicom, mas logo eles precisarão identificar um sucessor para o sucessor
John Wren se tornará CEO do Publicis Omnicom, mas logo eles precisarão identificar um sucessor para o sucessor
Meio & Mensagem
7 de agosto de 2013 - 9h00
*Do Advertising Age
Muitos analistas reagiram imediatamente à fusão entre Publicis e Omnicom ao saudá-la como uma cura para o dilema de Maurice Lévy – a procura por um sucessor para o CEO de 71 anos do Publicis Groupe que está no comando da empresa há mais de duas décadas.
Mas o CEO do Omnicom Group, John Wren, não parece ser a resposta mais correta.
Para começar, Wren tem 60 anos. Ao falar por telefone com analistas na semana passada, foi revelado que ele planeja se mudar para o cargo de presidente após cinco anos. Para uma empresa como o Publicis, que só teve dois líderes desde que começou em 1926, o período de Wren como CEO poderá ser tempo suficiente para identificar ou treinar um líder qualificado para o novo grupo no futuro.
Quando Lévy for para o posto de presidente daqui a 30 meses e Wren assumir como único CEO, o líder do Omnicom provavelmente já terá escolhido seu sucessor.
“Eles criaram um espaço para respirar, porque o problema está resolvido a curto e médio prazo”, afirma Richard Pinder, CEO e co-fundador da agência independente The House Worldwide, que também foi COO da Publicis Worldwide de 2006 a 2011. “Os acionistas não vão levantar a questão [da sucessão] por cinco anos, o que permitirá que apareçam algumas pessoas”.
Nos últimos anos, os nomes de quatro executivos apareceram rotineiramente como possíveis herdeiros no Omnicom e Publicis; a fusão dos antigos rivais coloca o destino de suas carreiras em questão. Algum delas irá ascender? Eles serão pacientes o suficiente para continuar no mercado ou irão para outro lugar? Somente o tempo poderá dizer.
Jean-Yves Naouri:
Há dois anos, parecia certo que o COO do Publicis Groupe seria o terceiro CEO da história do grupo. Mas o boato acabou, especialmente depois de Lévy dizer em uma conferência na semana passada que Naouri não estava no pequeno círculo inicialmente consultado sobre o acordo – grupo que incluía a presidente do conselho Elisabeth Badinter.
Andrew Robertson:
O CEO da BBDO é extremamente competente e está em uma posição poderosa. Se escolher continuar dirigindo um dos maiores grupos de agências criativas do mundo – algo pelo qual ele é muito bem recompensado – ninguém poderá pará-lo. Mas ele também é bastante equipado para dar um salto no mercado publicitário ou até mesmo para o lado dos clientes. E se ele não vê uma linha clara para o topo após a fusão, poderá estar mais inclinado a explorar novas possibilidades de trabalho.
Arthur Sadoun:
Com aproximadamente 40 anos, Sadoun, presidente-CEO do Publicis France e diretor do Publicis Worldwide, é jovem e relativamente pouco experiente. Mas ele possui estatura, figurativamente e literalmente (ele é muito alto). Ele e sua mulher, a personalidade da TV Anne-Sophie Lapix, são conhecidos na França, mas sua habilidade para crescer no grupo depende de como ele lida com trabalhos globais, já que recentemente recebeu responsabilidades por outras partes da Europa. Ele tem tempo para ser treinado e o grande teste virá caso eles lhe deem o cargo de COO.
Randall Weisenberger:
Ainda com cerca de 50 anos, o CFO do Omnicom não deve se aposentar nos próximos anos. Ele já foi considerado potencial sucessor de Wren, e agora a questão é se ele ganhará o cargo de CFO de Jean-Michel Etienne, antigo auditor do PWC que está no posto desde 2000. O Sr. Etienne já passou por diversos grandes negócios, incluindo a aquisição da Saatchi & Saatchi, Digitas e Razorfish. Weinsenbenguer, por enquanto, provou seu valor direcionando o Omnicom durante a falência da Chrysler. Ele também é amigo de Wren (seus filhos estudaram na mesma escola em Connecticut). Embora seja difícil imaginar um cargo que não poderia ser ocupado por ele, suas chances de ser CEO parecem menos prováveis.
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