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Bebê morre de rir ao ver Luiza rasgando papel no Canadá

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Bebê morre de rir ao ver Luiza rasgando papel no Canadá

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Ponto de vista

Bebê morre de rir ao ver Luiza rasgando papel no Canadá


24 de janeiro de 2012 - 9h43

De que e por que rimos?

Há alguns anos, um jurado brasileiro em Cannes me descreveu a dificuldade que enfrentou para explicar onde estava o humor de um filme brasileiro ao seu colega japonês. Quanto mais explicava, menos o outro achava graça. Faz lembrar a cena do Borat em que o protagonista tenta aprender a ser engraçado, e a grande graça da cena é sua sem-gracice.

Humor depende de muitos ingredientes, dentre eles, referências compartilhadas, e ninguém duvida de que compartilhamento é o que mais se faz na internet, certo? Daí, se todos (ou muitos de nós) sabemos do que estamos falando, então fica engraçado fazer alusão àquilo, mesmo que aquilo não seja substantivamente tão engraçado assim. E é por essas e outras que chegamos ao Canadá com Luiza.

Humor também depende de interpretação, timing e ritmo. A frase dita num comercial tosco por um pai sem noção encaixou feito uma luva no escaninho do ridículo, totalmente descontextualizada e canastrona, um exemplo clássico de como a forma independe do conteúdo para fazer rir. Tudo naquela pérola da propaganda ruim (parece que funcionou, mas nem por isso deixa de ser ruim) conspira para a piada, até o destino da menina que, se tivesse ido para a França, talvez não tivesse essa graça toda.

Humor depende da criança que existe em nós. Rimos de sons surpreendentes, como o bebê que bombou na internet gargalhando por causa de papéis rasgados. E rimos também de quem está rindo, por simples contágio, como rimos daquele mesmo menino na sua bem alinhavada transformação em comercial do Itaú.

Rimos de coisas inteligentemente formuladas, mas também rimos de bobeira, e daí? Rir é sempre bom, seja por piada intencional ou acidental.

Rimos porque fomos abençoados com um senso de humor que tanto se vinga dos farsantes quanto se alia aos puros. Porque captamos na sonoridade, na expressão facial e no gesto, a graça que ninguém perceberia no texto. Esse é o nosso diferencial, nossa forma exclusiva de brincar de ser feliz.

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