EMS lidera ranking de maiores anunciantes do Brasil
Com aportes de R$ 1,4 bilhão em 2024, farmacêutica estreia na primeira posição na lista elaborada pela Kantar Ibope Media e publicada com exclusividade por Meio & Mensagem
EMS lidera ranking de maiores anunciantes do Brasil
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Fernando Murad e Taís Farias
26 de maio de 2025 - 6h00
Paolla Oliveira em campanha de Dermacyd, marca da EMS (crédito: reprodução)
O ranking dos 300 maiores anunciantes do mercado brasileiro tem uma nova líder: a EMS Farmacêutica, pela primeira vez, aparece no topo da lista elaborada pela Kantar Ibope Media e publicada com exclusividade por Meio & Mensagem. Os dados levam em conta os investimentos dos anunciantes em compra de mídia em 2024 com desconto.
A empresa saltou da oitava para a primeira posição com aportes de R$ 1,4 bilhão, alta de 91% (veja abaixo as 20 primeiras posições do ranking). O Top 5 inclui, ainda, pela ordem, Unilever, Genomma, Amazon e Mercado Livre.
O avanço da EMS exemplifica o momento do mercado. A única mudança no Top 5 entre os setores econômicos que mais investem em compra de mídia no Brasil é a inversão de posições entre a indústria farmacêutica, que avançou 13% para R$ 5,1 bilhões e assumiu a quarta posição, ultrapassado o segmento de higiene pessoal e beleza, que se manteve estável e, agora, está na quinta colocação.
Comércio, com aportes de R$ 14,3 bilhões; financeiro e securitário, com R$ 7,9 bilhões; e serviços ao consumidor, com R$ 7,8 bilhões, foram os setores econômicos com maior investimento em compra de mídia no ano passado.
As farmacêuticas crescem acompanhando a busca das pessoas por bem-estar, investem na expansão de seus portfólios de marcas e produtos e se abrem para estratégias de comunicação mais criativas.
O mercado farmacêutico da América Latina pode crescer mais de 22% até 2027. A estimativa foi feita pelo relatório InFigures, da plataforma PharmaBoardroom, no ano passado, e posiciona a região acima da média global para o período, que é de 7,8%.
Os medicamentos de especialidades seriam os responsáveis por alavancar o crescimento da região. Por meio de laboratórios multinacionais, a América Latina teria recebido aporte de R$ 5,6 bilhões em pesquisa e desenvolvimento. Desse montante, 32% foram direcionados ao Brasil.
Quando o assunto é o mercado nacional, os resultados mais recentes são da sétima edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, publicado em outubro do ano passado. O documento, desenvolvido pela Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED), revelou que o mercado farmacêutico brasileiro atingiu faturamento de R$ 142,4 bilhões em 2023, crescimento de 8,53% na comparação com o ano anterior. Ao todo, o relatório mapeou 5,7 bilhões de embalagens comercializadas por 223 empresas e divididos em 509 classes terapêuticas.
Alguns dos comportamentos do consumidor acelerados na pandemia se cristalizaram e mudaram as perspectivas e prioridades do setor. Entre as mudanças está o olhar para a saúde de forma mais integral, com foco não apenas no tratamento de doenças, mas na prevenção e qualidade de vida a longo prazo.
A adoção de plataformas digitais tanto para a compra de medicamentos quanto para a busca de serviços relacionados à saúde, além do avanço do universo de vitaminas e suplementos, são exemplos de transformação do mercado.
As abordagens das farmacêuticas para responder a essas mudanças e desafios, assim como manter a relevância, são variadas. Mas passam, centralmente, por transformar o seu papel na vida do consumidor. Tanto a investida em produtos de consumo livre quanto a necessidade de uma relação mais próxima do consumidor levaram as empresas a uma mudança no tom da comunicação, com uma abordagem mais próxima, educativa e empática.
Em 2026, está previsto o fim da patente da semaglutina, princípio ativo do Ozempic, da Novo Nordisk, medicamento para o tratamento de diabetes que tem sido muito utilizado para combater a obesidade – embora ainda não exista indicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para este uso.
Com a quebra, a oferta dessa classe de medicamentos no mercado brasileiro tende a crescer nos próximos anos. A Cimed já declarou planos de lançar sua versão do medicamento. A Eli Lilly, por sua vez, lançou, neste mês, o Mounjaro no País.
A EMS, por sua vez, recebeu aval da Anvisa, no final do ano passado, para produzir dois medicamentos análogos ao GLP-1: Olire, voltado para obesidade, e Lirux, para diabetes. GLP-1 é um hormônio que ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue e promover a sensação de saciedade.
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Os 20 maiores anunciantes | ||||||
2024 | 2023 | Anunciantes | 2024 | 2023 | VAR (%) | Total de agências com compra de mídia |
1 | 8 | EMS Farmacêutica | 1.493.112 | 782.648 | 91% | 2 |
2 | 1 | Unilever | 1.361.431 | 1.632.907 | -17% | 3 |
3 | 2 | Genomma | 1.213.400 | 1.371.374 | -12% | – |
4 | 3 | Amazon | 999.056 | 1.051.846 | -5% | 1 |
5 | 6 | Mercado Livre | 947.099 | 866.630 | 9% | 2 |
6 | 19 | Via Capitalização | 935.348 | 566.553 | 65% | 1 |
7 | 16 | Ambev | 849.432 | 575.700 | 48% | 14 |
8 | 10 | Ultrafarma | 827.163 | 742.654 | 11% | 2 |
9 | 5 | Sky | 810.118 | 877.257 | -8% | 3 |
10 | 9 | Claro | 782.588 | 780.927 | 0% | 2 |
11 | 13 | Reckitt Benckiser | 771.023 | 614.171 | 26% | 3 |
12 | 11 | Telefônica | 693.354 | 653.300 | 6% | 4 |
13 | 14 | Banco do Brasil | 686.166 | 590.625 | 16% | 6 |
14 | 4 | Procter & Gamble | 663.009 | 953.593 | -30% | 5 |
15 | 18 | Heineken | 634.114 | 566.672 | 12% | 5 |
16 | 17 | Itaú | 630.227 | 567.437 | 11% | 2 |
17 | 15 | Magazine Luiza | 621.543 | 584.895 | 6% | 1 |
18 | 7 | Bradesco | 583.439 | 814.877 | -28% | 3 |
19 | 25 | Colgate-Palmolive | 546.427 | 402.274 | 36% | 2 |
20 | 12 | Samsung | 538.359 | 629.354 | -14% | 4 |
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