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Comunicação

As novas tecnologias e as fronteiras da mídia

Comissão debate como o profissional de mídia deve estar preparado para o futuro da comunicação


29 de maio de 2012 - 5h27

A Comissão sobre "As novas tecnologias e as novas fronteiras de mídia", do V Congresso de Comunicação, presidida por Luiz Fernando Vieira, Grupo de Mídia e agência Africa; apresentou um estudo que aponta que o mercado de comunicação no Brasil vai dobrar até 2016. Para se ter uma ideia, o número de televisores nos lares brasileiros aumentará 40% e o número de assinantes de TV paga crescerá 50%. Como resultado, em breve o País atingirá o quarto lugar no mercado mundial de comunicação. Se por um lado as agências e veículos de mídia devem comemorar o crescimento, por outro precisam ficar atentos a uma maior demanda pela capacitação do setor, com profissionais aptos a entender onde o investimento do anunciante será melhor aplicado e vai trazer melhor retorno. A facilidade em consumir mídia acabou gerando uma grande complexidade. E como preparar o profissional de mídia de hoje para o futuro?

Para Paulo Camossa, da AlmapBBDO e secretário geral da comissão, os profissionais de mídia têm a sua frente um cenário profundamente complexo que exige mais conhecimento. "É preciso desenvolver o aspecto humano, as pesquisas e técnicas, além de regulamentar as novas práticas do mercado". Discurso ratificado por Flávio Rezende, da DPZ, que acredita que os mídias deverão acima de tudo estar extremamente atento as fusões do mercado e também ao consumidor que já não é como antes. "Será importante a construção de estratégias e negociação com veículos. Cada vez mais o profissional de mídia será mais estratégico".

Do ponto de vista do anunciante, Fernando Chacon, diretor de marketing do Itaú, destaca que as métricas e a eficácia são importantes para os negócios, demandando uma necessidade cada vez maior desses profissionais se especializarem. "Nossas ferramentas medem cada centavo que investimos. Isso vale para mídia em geral, eventos e patrocínios. Esse nível de especialização vai atingir até mesmo as pequenas organizações", esclarece. Entram na verba de mídia, desde eventos, patrocínios e até mesmo as bicicletas que o banco mantém no Rio de Janeiro. Essa pulverização dos investimentos exige que os profissionais de mídia  sejam mais criativos. "O consumidor é o mesmo, até mesmo em diferenciados segmentos, as diversas mídias acabam falando com um mesmo público".

Nesse contexto, como não poderia deixar de ser, as redes sociais também mereceram atenção especial. Luciano Huck destacou a força que as redes possuem como complementação dos meios tradicionais. "Elas têm o poder de complementar. Há três anos na Rede Globo esse assunto era velado, pois não sabíamos como iria impactar na TV aberta. Porém já percebemos que elas não excludentes e sim complementares. Mesmo quando uma pessoa assiste TV sozinha, esse hábito acaba se tornando coletivo, pois ela compartilha o que está vendo", avalia. O apresentador e um dos campeões de audiência das redes sociais, conta que seu Twitter não terá posts pagos, pois acredita em um relacionamento verdadeiro com seus seguidores. É essa mesma transparência que Chacon afirma levar aos canais do Banco Itaú, com os seus consumidores.

Marcas, veículos e merchandising
O merchandising customizado, a exemplo do que Huck com faz em seu programa com o próprio Banco Itaú, também foi abordado. Para o apresentador essa prática é válida, traz retorno ao anunciante e só é possível se a missão do programa tiver semelhanças com a missão da marca. "Ajuda no conteúdo do programa, agrega valor a marca. Dá mais trabalho, mas também agrega no faturamento da rede Globo". Alguns dos parceiros compram espaços de merchandising sem saber como serão usados. Esses clientes desenvolvem as ações em conjunto com o Caldeirão do Huck, ao longo do ano.

Teses
Daniel Chalfon, da Loducca e relator da comissão, apresentou as teses preparadas previamente e que foram votadas em plenária.

Tese1: Recomendação de um percentual mínimo de profissionais de mídia sobre o total de funcionários das agências. É uma revisão de uma recomendação que já estava no IV Congresso. Conforme tabela do Cenp.

Tese 2: Percentual mínimo de profissionais certificados de mídia nas agências, conforme a classificação de grupos de agência por receita do Cenp. A certificação foi implementada pioneiramente pelo Grupo de Mídia de São Paulo. O certificado é obtido por prova e atualmente são 420 profissionais certificados.

Tese3:Criação de um grupo de trabalho com foco na busca e recomendação de novas pesquisas e ferramentas de mídia. Participar de eventos e feiras internacionais de pesquisa e softwares de mídia, representando o Brasil para ajudar a fomentar a produção local de novas pesquisas e sistemas de processamento. Criação de um fundo formado por Grupo de Mídia, ABAP e outras entidades.

Tese 4: Definição de critérios para credenciamento de consultorias independentes de mídia junto ao Cenp.

Tese 5: Recomendação formal de associação ao Cenp de empresas de tecnologia que operam no mercado na venda de espaços publicitários, independente de origem, ou forma de atuação.

Tese 6: Criação junto ao Cenp de um sistema de depósito de tabelas e preços. 

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