Uma marca pode se tornar confidente do consumidor?

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Uma marca pode se tornar confidente do consumidor?

Stacy Glasgow, analista global em tendências de consumo da Mintel, destaca as oportunidades de negócios por trás do conceito “Brands as People”


17 de junho de 2016 - 12h45

Ilustração fotolia.com

crédito: fotolia.com

Cinco transformações em curso no modo de vida das pessoas têm aberto espaço para que marcas assumam um papel de suporte, às vezes até desempenhando a função de outra pessoa em momentos do cotidiano de atuais e potenciais clientes, segundo Stacy Glasgow, analista global em tendências de consumo da Mintel: Aumento da Confiança (a opinião de desconhecidos na web faz diferença para os consumidores), Solidão e Separação (que tem atrapalhado a construção de relacionamentos), Ferramentas Conectadas (que incentivaram o autoaperfeiçoamento), Volta para as Cidades (que levou a busca por melhorias na urbanização) e Idade da Sociedade (que impulsionou o desenvolvimento de alternativas mais fáceis, melhores e saudáveis de vida).

Nesta entrevista, Stacy explica o conceito “Brands as People” e como os anunciantes podem aproveitar oportunidades ao mudar sua abordagem ao consumidor.

Stacy Glasgow, analista da Mintel

Stacy Glasgow, analista da Mintel (crédito: divulgação)

Meio & Mensagem — Qual a ideia por trás do conceito “Brands as People”?
Stacy Glasgow — Como seres humanos, nós naturalmente desempenhamos uma variedade de funções de apoio na vida dos outros, como conselheiros, casamenteiros, técnicos, engenheiros e cuidadores. Cinco alterações sociais dinâmicas abriram espaço para marcas também assumirem essas posições. O conceito mostra como as empresas podem desempenhar esse papel a fim de elevar seu status na vida dos consumidores, passando de marca para confidente.

M&M — Como uma marca pode substituir uma pessoa no relacionamento com os consumidores?
Stacy — As marcas podem complementar as relações interpessoais assumindo papéis — e oferecendo apoio importante — na vida das pessoas. Como os consumidores confiam em pessoas para ideias, opiniões e conselhos, as marcas podem agir como conselheiros ao facilitar e compartilhar conteúdo, por exemplo. E como as pessoas hoje em dia tornaram-se mais isoladas e separadas por telas, as marcas podem agir como casamenteiros para unir as pessoas — tanto platonicamente quanto romanticamente — de uma forma positiva. Como resultado, os consumidores, provavelmente, passarão a confiar mais em marcas para este apoio.

M&M — Quais as vantagens dessa nova forma de relacionamento para marcas e consumidores?
Stacy — Ambas as partes certamente se beneficiam: as marcas podem consolidar uma presença permanente na vida dos consumidores, e eles podem ter assistência em algumas melhorias na vida. Todos podem sentir um impacto muito positivo.

M&M — Como esse modelo de relacionamento pode se inserir no plano de negócio das marcas?
Stacy — Desenvolver planos de negócios baseados nessas grandes mudanças no comportamento e no pensamento — e em todas as outras que estamos sempre rastreando dentro da nossa ferramenta Mintel Trends — permite às empresas verdadeiramente entenderem a cultura do consumo, enxergarem grandes oportunidades e inovarem nas formas mais eficazes possíveis.

Entrevista publicada na edição 1714, de 13 de junho, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.

 

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