Matando a cobra

Buscar
Publicidade

Ponto de vista

Matando a cobra

A lista é grande. Precisamos apagar tudo e escrever de novo (ou pela primeira vez) o Brasil que queremos ter, aquele que vamos deixar para os nossos filhos e netos


19 de fevereiro de 2014 - 3h03

Mal começamos e dois meses já se foram. Agora, Carnaval, depois Copa e, se não agitarmos bem, logo mais estaremos reclamando que o ano não foi legal e que passou rápido demais. Mas nada mudou. Ouça o Chico: "Aqui na terra estão jogando futebol. Uns dias chovem, outros dias fazem sol. Mas o que eu quero te dizer…" É que nós estamos enrolando, patinando, só fazendo muita poeira, sem sair do lugar. Em um ano de eleições, não bastasse a extrema polarização dos lados, perdemos muito mais tempo indo e voltando, no tempo e contra-tempo, do que fazendo algo de bom, de concreto, algo que fique de fato. E a mídia, seja com a rede social ou com programas e publicações sensacionalistas só joga mais álcool na fogueira.

Chega de nhém nhém nhém. Basta de lero lero. Danem-se as polêmicas, articulistas, comunicadores partidarizados, justiceiros, BBBs, torcidas organizadas e detratores em geral. Fora com as informações falsas. Não quero saber, não quero ler, nem quero ver. Só quero saber do que pode dar certo. Não tenho tempo a perder, como diriam os Titãs.

Que tal colocar cada um desses lados políticos, cada uma dessas torcidas organizadas, em um armário bem apertadinho e deixar eles se pinicarem, empurrarem, até saírem exaustos e pensarem em alguma coisa mais interessante. Enquanto isso, vamos cuidar da nossa vida, do dia a dia, pois a toda a hora as mulheres engravidam, as crianças sorriem e como dizia o Tatit, "enfim, é o sol".

Quer saber? Tem muita gente boa nesse país. Porque não juntamos as melhores cabeças, os melhores educadores e construímos, quer dizer, eles constroem, um plano de 30 anos – sem interferências políticas por todo esse tempo – para melhorar e garantir a boa educação no Brasil.
Quem são os melhores médicos e administradores da saúde? De novo, junte-se os talentos da sociedade e dê todas as condições para eles transformarem a qualidade de vida desse país. Que tempo precisam: 15 anos? 20? 30? Não importa, vamos montar o projeto e seguir juntos.

Junte os melhores juízes e pensadores (um legislativo mais justo e rápido), os melhores executivos que enxerguem o futuro e entendam de logística (transporte, trânsito, exportações, comunicação, …), os que melhor conhecem a nossa natureza (meio ambiente preservado e explorado com turismo e produções locais), gente que faz ciência de verdade, dê mais espaço pra cultura, etc, etc e um país melhor, mais competitivo e com um belo futuro estará formado.

A questão da segurança? Quem entende de fato? Como não temos guerras, vamos usar o Exército a favor do bem. Junte de novos os bons de todo o país: procurador, general, até guarda noturno e vamos recuperar as nossas cidades, liberdade para andar nas ruas, prisões que deem esperança…

A lista é grande. Precisamos apagar tudo e escrever de novo (ou pela primeira vez) o Brasil que queremos ter, aquele que vamos deixar para os nossos filhos e netos.

*Geraldo Leite é sócio-diretor da Singular, Arquitetura de Mídia
 

wraps

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Na maioridade, Galinha Pintadinha evolui conteúdos e tendências

    Na maioridade, Galinha Pintadinha evolui conteúdos e tendências

    Com produção de novo filme, marca explora oportunidades oferecidas pelos streamings e redes sociais para acompanhar novas gerações

  • Track&Field abre primeira loja no continente europeu

    Track&Field abre primeira loja no continente europeu

    Experience store foi aberta em Portugal sob o sistema de franquia e vem procurando cativas os clientes por meio de atividades esportivas