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Sem acordo, Simba tira Record, SBT e RedeTV das operadoras

Empresa critica a postura inflexível das operadoras e crê que a força de seu conteúdo será o lado mais forte da negociação


30 de março de 2017 - 6h45

Controle-TV

(Crédito: Reprodução)

Desde os primeiros minutos dessa quinta-feira 30, os milhões de residentes da região metropolitana de São Paulo que assinam pacotes das operadoras Net, ClaroTV, Oi TV e Sky, deixaram de ter o sinal do SBT, RecordTV e RedeTV.

Cumprindo a promessa que havia feito ao mercado, a Simba Content, joint venture que reúne as três emissoras abertas, não autorizou a exibição do sinal digital dos três canais nos cardápios das operadoras. A empresa pleiteia o pagamento pelo fornecimento do conteúdo de seus canais, tal como acontece com as programadoras internacionais de canais e também com algumas nacionais, como a Globosat.

A Vivo foi a única operadora que abriu as portas para a negociação com a Simba Content. Com quase 1,7 milhão de assinantes no País, a empresa aceitou negociar com a joint-venture. “ A Vivo foi a única operadora que entendeu nossa proposta e nosso objetivo de valorizar aquilo que oferecemos. Ainda não chegamos a um acordo financeiro, mas como eles manifestaram a intenção de chegar a um acordo, decidimos liberar o sinal”, conta Marco Gonçalves, negociador e representante da Simba Content.

Recusas e intransigência
Gonçalves confessa que já esperava uma negociação difícil por parte das operadoras, mas revela estar surpreso com a intransigência de alguns players. “Algumas empresas, como a Net e a Oi, foram educadas conosco e receberam a proposta, mas afirmaram que não concordam com a cobrança que desejamos

fazer. Isso demonstra que elas não  enxergam a importância de um conteúdo de três canais que carregam consigo uma grande audiência”, reclama.

Para o executivo, no entanto, a pior receptividade veio da Sky. “A operadora se recusou a se reunir com a Simba para ouvir nossa proposta. Pediram para que a gente encaminhasse a proposta via e-mail. Não deram espaço para qualquer diálogo”, lamenta.

O executivo acredita que, se mantiverem essa postura inflexível, são as operadoras que têm mais a perder nessa negociação. “Os espectadores podem sintonizar os três canais gratuitamente apenas com uma antena digital. E isso vai acontecer. Tanto SBT, quanto Record e RedeTV tem um relacionamento muito forte com o púbico e continuarão sendo assistidos, independentemente da plataforma. Vamos ver, daqui a algum tempo, quem irá perder mais”, ameaça.

Desligamento ao vivo
Nas horas que antecederam o desligamento do sinal analógico, as três emissoras exibiram uma programação especial, com seus apresentadores e especialistas convidados para tirar dúvidas sobre a TV digital e o uso de

conversores. Os veículos também abordaram a situação com as operadoras, afirmando que, com exceção da Vivo, as demais se recusam a pagar pelo conteúdo de seus canais.

Logo após a meia-noite, Net, Sky, Oi e outras operadoras começaram a exibir comunicados nas janelas antes ocupadas por RecordTV, SBT e RedeTV. No texto, as operadoras afirmam que não detém mais o direito de exibição dos canais.

Fim da obrigatoriedade
A partir desta data, 30 de março, para sintonizar os canais abertos em seus pacotes, as operadoras de TV precisam ser autorizadas pelos próprios produtores de conteúdo. A autorização passou a ser necessária por conta do desligamento do sinal analógico de TV.

Até então, a Lei determinava a obrigatoriedade de carregamento do sinal analógico dos canais pagos. Com a digitalização da TV, a mesma regra não é aplicada em relação aos sinal digital. Dessa forma, para carregar o conteúdo dos canais abertos, as operadoras precisam de uma autorização dos produtores de conteúdo (no caso, as emissoras de TV). E foi aí que a Simba Content enxergou a oportunidade de conseguir uma nova fonte de receita cobrando pelo sinal digital dos três canais.

Na TV aberta, o sinal das três emissoras continua disponível normalmente. Para acessá-lo, é necessária a utilização de uma antena ou de um conversor digital.

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