Avenida Brasil congestiona com recordes no final

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Avenida Brasil congestiona com recordes no final

Além da audiência que superou 52 pontos em São Paulo, com share de 73% dos televisores ligados, novela influencia até agenda política e a economia do País


19 de outubro de 2012 - 12h42

Ao chegar ao derradeiro capítulo nesta sexta-feira, 19, a novela Avenida Brasil terá provocado um engarrafamento não só dos televisores do Brasil, mas de uma série de marcas e repercussões que, há muito, um folhetim da Rede Globo não reunia com apenas um produto. No início deste mês, na reviravolta que resultaria na queda da vilã Carminha (Adriana Esteves), Avenida Brasil chegou a bater os 50 pontos de audiência em São Paulo (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo) e registrou um share de 71% dos aparelhos ligados.

Na semana passada, no capítulo do dia 8, a novela bateu o recorde de audiência dos oito meses em que está no ar com 49 pontos no Ibope e share de 73%, conforme dados anunciados pela emissora. A Rede Globo informou que o capítulo daquela segunda-feira ultrapassou a final da Copa Libertadores, disputada entre Corinthians e Boca Juniors, e foi a melhor audiência da Globo neste ano. O pico de audiência foi de 52 pontos. Nesta última quarta-feira, 17, com o sequestro do herói Tufão (Murilo Benício), Avenida Brasil conseguiu de novo: embora com um capítulo mais curto, por causa do futebol, a média de audiência foi de 45 pontos, com 51 pontos de picos e 66% do share.

Os picos de audiência e o share, no entanto, são apenas alguns dos melhores momentos de Avenida Brasil. A novela conseguiu chamar a atenção da presidente Dilma Rousseff que, antenada, decidiu alterar a data do comício que fará em São Paulo junto com o candidato do PT, Fernando Haddad. A princípio, o comício aconteceria nesta sexta-feira, 19, justamente no horário que coincide com o capítulo final da trama. O PT, segundo o jornal Folha de S.Paulo, avaliou que não haveria público para prestigiar a presidente e mudou o comício para sábado, 20.

Ainda segundo a Folha de S.Paulo, até mesmo a economia sente os efeitos de Avenida Brasil. O jornal, em reportagem publicada nesta sexta, 19, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que haverá um pico de energia assim que a novela acabar, por volta das 22:30 horas. Nesse horário, as pessoas que estavam à frente da TV deverão voltar às atividades rotineiras – banho, micro-ondas, lavadora, ferro de passar etc. Para o ONS, as pessoas adiarão essas atividades até que a novela acabe.

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O jornal Valor também destaca o último capítulo e afirma que, durante o capítulo desta sexta, mais de 500 anunciantes nacionais, regionais e locais farão publicidade nos intervalos de Avenida Brasil. Conforme o Valor, com base em informações da Central Globo de Comunicação, esses anunciantes fizeram a reserva do horário há mais de dois meses.

“As novelas seguem os mesmos padrões de comercialização dos demais programas da Rede Globo. Isso significa que uma novela oferece oportunidades comerciais para campanhas nacionais, regionais ou isoladamente em cada uma das 122 exibidoras. As novelas, de um modo geral, estão entre os programas mais importantes nas estratégias de comunicação dos anunciantes brasileiros. Mais do que isso, são um fenômeno único no mundo do entretenimento: assistir novela na Globo é a terceira atividade mais realizada no dia a dia do brasileiro. Só perde para comer e dormir”, diz a Central Globo de Comunicação (CGCom), em resposta a questões levantadas pelo Meio & Mensagem sobre a proliferação de anúncios no último capitulo.

Para a CGCom, Avenida Brasil é um bom exemplo da força das novelas. “O último capítulo da atual atração tem mais de 500 clientes posicionados, entre anunciantes nacionais, regionais e locais. São anunciantes grandes, médios e pequenos, de todos os setores da economia, que se planejaram com antecedência para estar presentes. O último capítulo de Avenida Brasil teve todos os seus intervalos comerciais ocupados há cerca de 2 meses. Essa demanda deve-se à grande eficiência do espaço comercial oferecido pelas novelas, que falam com toda a população, de todas idades, classes sociais e regiões do país. As novelas são altamente eficientes e apresentam um dos CPMs (custo por mil) mais rentáveis da TV brasileira”, ressalta a emissora.

O sucesso de Avenida Brasil contagiou até mesmo a imprensa internacional. Jornais como The Guardian e a rede BBC tentam explicar o fenômeno da novela e porque um comício de um candidato à prefeitura da maior cidade do País foi adiado em função do folhetim.

E a própria Rede Globo usa o gancho da vingança de Nina (Débora Falabella) sobre Carminha na edição desta sexta do programa Globo Repórter. Ao se encerrarem os mistérios sobre o assassinato de Max (Marcello Novaes) e o final de Carminha, Tufão e Nina, o telespectador verá a realidade copiar a ficção: o Globo Repórter trará histórias reais de pessoas que fizeram de tudo por justiça, numa verdadeira obsessão à maneira da personagem Nina. E, claro, o programa aproveita ainda para fazer uma visita aos bastidores da novela, aos estúdios e cidades cenográficas para acompanhar a gravação das últimas cenas e mostrará uma conversa com o autor João Emanuel Carneiro, com a diretora Amora Mautner e com os protagonistas sobre o sucesso da trama que seduziu e envolveu os brasileiros nos últimos oito meses e transformou o Divino em um bairro muito popular. Para encerrar, mostrará o que acontece com o consumo de energia elétrica em dias de últimos capítulos de novela.
 

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