Mídia

IAB assume erro por excesso de publicidade

Órgão americano cria cartilha com princípios para mostrar novo posicionamento, favorável à experiência do usuário

i 16 de outubro de 2015 - 11h43

“Nós erramos. Perdemos o controle da experiência do usuário”.

A afirmação de Scott Cunningham, senior vice president of Technology and Ad Operations do IAB e general manager do IAB Tech Lab, logo nas primeiras linhas do artigo publicado pelo Interactive Advertising Bureau nos Estados Unidos, na quinta-feira, 15, mostra como o órgão está buscando um novo posicionamento após a ascensão do bloqueio de anúncios (adblocks).

“Perdemos de vista a nossa responsabilidade social e ética de fornecer uma experiência segura, utilizável para todos que desejam consumir o conteúdo de sua escolha” (Leia a íntegra do artigo aqui).

Em uma tentativa de reverter a situação, o IAB/US lança o LEAN Programa de anúncios, com princípios e normas técnicas para orientar os próximos passos que devem direcionar a indústria digital. “Nós precisamos trazer isso de volta, começando agora”, falou.

No artigo, Cunningham também explica que a ascensão do bloqueio de anúncios constitui uma ameaça para a internet e pode, potencialmente, conduzir os usuários a um universo dominado por poucas empresas na plataforma. “Construímos a tecnologia de publicidade para otimizar os orçamentos de marketing, que foram corroídos após a última recessão dos publishers. Olhando para trás, a nossa busca por centavos pode nos ter custado dólares no quesito lealdade do consumidor”.

O movimento de bloqueio aos anúncios já acontece há algum tempo, mas ganhou força com a recente decisão da Apple de permitir os aplicativos adblocks em seu navegador, Safari. A decisão deixou o mundo da publicidade digital receoso.

No editorial intitulado “Ad blocking: o apocalipse desnecessário da internet e publicado no AdAge, na semana passada, Randall Rotherberg, CEO e presidente do Internet IAB, disse que “pelo menos 34% dos americanos adultos já aderiram adblockers”.