Mídia

Combate apoia concorrência na TV paga

No que diz respeito ao MMA, Daniel Quiroga, gerente do canal da Globosat, vê como positiva a pluralidade de conteúdo defendida por Edgar Diniz, do Esporte Interativo

i 2 de março de 2016 - 3h15

Após um longo período de negociações, o Esporte Interativo (EI) entrou, em dezembro do ano passado, na grade da Net/Claro.

A entrada representa um novo patamar para o canal que poderá chegar a um maior número de assinantes, observou Edgar Diniz, vice-presidente sênior e head de esportes da Turner na América Latina, em entrevista ao Meio & Mensagem desta semana. Em novembro, como estratégia para chegar a um maior número de telespectadores na exibição da Liga dos Campeões o EI chegou a transmitir o torneio nos canais TNT e Space, da Turner.

No entanto, apesar da conquista, Diniz não vê como terminada a disputa por um ambiente de livre concorrência no mercado de TV paga. “A barreira que fez com que a gente levasse tanto tempo para conseguir entrar nas operadoras de TV paga ainda existe. Ela faz com que o mercado brasileiro não tenha um funcionamento tão saudável como poderia. Essas barreiras artificiais, criadas na distribuição ou em qualquer elo do negócio, são muito negativas”, comenta Diniz.

Leia também:

– EI confirma o valor do Brasileirão

wraps

O executivo ressalta que o mercado precisa brigar por um ambiente mais transparente. “Todo mundo dessa indústria, consumidores, distribuidores, programadores, deveria ter como objetivo comum ter certeza de que o mercado tenha um funcionamento decente”, ressaltou. Consultada por Meio & Mensagem sobre suas atribuições na manutenção desse ambiente de "livre concorrência" a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) disse não comentar o tema.

Pluralidade além do futebol

Se depender da visão de alguns executivos do mercado, a pluralidade é um assunto relevante. Daniel Quiroga, gerente de negócios do canal Combate, da Globosat, vê como positiva a entrada do EI para a cobertura do MMA: “do ponto de vista do consumidor é muito bom, pois tem mais uma oferta de conteúdo esportivo para a sua decisão de consumo”.

Segundo Quiroga, a concorrência é bem vinda para qualificar o mercado de MMA. “Quantos mais players de esporte atuarem no mercado, melhor é a oferta de emprego e negócios para os profissionais que atuam nesse segmento. E no final das contas, o próprio consumidor é quem vai ditar as regras do jogo, dizer o que é relevante ou não para prender sua atenção”, conclui.

O canal, inclusive, vem atuando em várias frentes para contribuir no desenvolvimento do MMA no Brasil. Em janeiro, lançou um projeto em parceria com o lutador Rodrigo Minotauro e a Cufa para buscar novos talentos nas comunidades do Brasil. 

A entrevista completa com Edgardo Diniz está disponível nas versões iOS e Android da edição 1699 de Meio & Mensagem.

wraps