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Opinião

7 passos para construir inteligência de dados

Porque a programática revela que seu público nem sempre é o que você acha que é


31 de outubro de 2018 - 16h26

Crédito: urban575/iStock

Muito se fala da importância em ter uma inteligência de dados em meio à transformação digital que toma conta do mercado. Entretanto, poucos entram em detalhes sobre como exatamente esta frente pode ser desenvolvida internamente e muitas dúvidas surgem sobre esse processo, as dificuldades e como garantir que todo esse trabalho de inteligência será estruturado da melhor maneira possível.

Em palestra durante o Programmatic IO, em Nova York, Karthic Bala, Chief Data Officer da Condé Nast, abordou o processo de construção de inteligência de dados dentro da empresa, momento que aparentemente várias companhias se encontram na atualidade.

De acordo com o especialista, para desenvolver esse projeto de maneira efetiva, e que garanta o uso e integração de dados entre toda a companhia, existem algumas etapas importantes e que devem ser levadas em consideração para garantir o sucesso de forma 360º no negócio.

1 – Antes de qualquer coisa é preciso entender o que rege a empresa, qual o DNA que os times possuem e, de forma geral, como está o processo de atualização e digitalização do negócio. Esse é um ponto crucial e pode ser um dos maiores obstáculos ou mudanças que serão necessárias para alterar a forma de buscar resultados. Grandes empresas com grandes legados podem encontrar um cenário mais engessado e precisam planejar como ir mudando isso aos poucos, uma vez que inteligência de dados não pode ser só uma frase da boca para fora: tem que estar no sangue de todas as áreas para cobrir todo o seu potencial.

2 – Depois de olhar para dentro de casa, correlacione-se com as demais empresas do mesmo segmento para entender as perspectivas e diferenciais de cada uma delas. Como estão seus concorrentes no uso de dados? Parece difícil entender esse cenário sem estar em contato direto com os concorrentes, mas existem algumas formas de ter uma ideia de como o seu segmento está se movimentando. Pesquisar como é a experiência do usuário com seus concorrentes, e se recentemente você leu algo sobre eles na mídia, pode ser um bom ponto de partida.

3 – Ter uma estratégia eficaz de inteligência de dados exige automação de processos, tomadas de decisão rápidas e predição de movimentos. Porém, é humanamente impossível colocar a mão em tudo isso sem ajuda de tecnologia. A grande dúvida é: contratar ou construir? Depende. A cultura da sua companhia pode apontar o que será mais rápido e eficaz a longo prazo. Se optar por construir soluções próprias que organizem, otimizem e proporcionem insights para todos os times é necessário antes alocar recursos destinados a habilitar o desenvolvimento e uso de novas soluções tecnológicas.

4 – Amplie capacidades. Descubra a qualidade e a quantidade de informações que já possui e o quanto ainda é preciso coletar e organizar. Lembre-se das novas regulamentações de proteção de dados no mundo digital, prezando sempre pela transparência e confiança do usuário. É normal não ter todas as informações que você gostaria, portanto busque parcerias para complementar todo o trabalho de inteligência, ou seja criativo na hora de desenhar estratégias para complementar o que falta com novos experimentos e melhorias na experiência do usuário.

5 – Um dos pontos cruciais na hora de fazer tudo isso funcionar é o conhecimento. Depois de estruturada, a empresa precisa entender e saber utilizar a informação adquirida, e é aqui que mora o perigo. Se um trabalho de capacitação não for feito, os times não vão conseguir avançar com tudo o que foi orquestrado. Isto pode ser feito por meio de trabalhos de integração, workshops e treinamentos, visando ensinar e evangelizar colaboradores, desde o time de vendas até os diretores, todas as possibilidades criadas para o negócio avançar a curto, médio e longo prazo. Se a cultura da empresa não inclui automatização de processos e tomada de decisão por algoritmos, será necessário fazer toda a companhia confiar nesse novo modelo de pensar em resultado.

6 – E para confiar que toda essa reinvenção está funcionando, divida e discuta os números de sucesso e aprendizado, todo mundo tem que olhar para os resultados e reagir de forma integrada. Crie dashboards simples e focados nas necessidades de cada time. Os times e a direção precisam observar as perguntas não respondidas pelos dashboards para replanejar o data sharing e a visualização.

7 – Por fim, existe geração de negócio com organização de dados também. As companhias estão caminhando para uso de inteligência própria e parcerias que façam sentido e que tenham dados transparentes. No caso da Condé Nast, esses segmentos de dados são comercializados para os compradores testarem por meio da Spire, ferramenta criada por eles. Todo esse trabalho de construção de inteligência de dados é positivo por trazer melhor performance e ainda ser uma segunda fonte de receita.

Seguir cada um desses passos é remar a favor de uma correnteza que nos conduz a um mar de oportunidades e ações assertivas focada em resultados. O mais surpreendente é que em várias ocasiões a programática revela que seu público nem sempre é o que você acha que ele é, portanto, observar a imensidão de testes no detalhe de sua performance pode ser revelador. A inteligência de dados é o coração — e o cérebro! — de qualquer ação bem-sucedida no admirável mundo das transformações digitais.

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