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Amazon e Google disputam e-books no Brasil

Amazon lança site no Brasil e Google começa a venda de dez mil títulos em português, prometendo uma disputa acirrada pelo mercado de e-books em 2013


6 de dezembro de 2012 - 8h15

Por Roseani Rocha e Janaina Langsdorff

Alexandre Szapiro, ex-diretor-geral da Apple no Brasil, deve liderar a operação brasileira da Amazon, que já tem até uma versão em português do seu site no ar. Lançado na madrugada desta quinta-feira 6, o endereço venderá inicialmente livros de autores brasileiros, como Paulo Coelho, Daniel Galera, Drauzio Varella e Chico Buarque, e posteriormente começa a comercializar também o e-reader Kindle. Com capital estimado em R$ 5 milhões, o escritório local da varejista norte-americana funcionará na Avenida Nações Unidas, em São Paulo, segundo informações do G1 baseadas em documentos da Junta Comercial de São Paulo.

A Amazon começa a escrever a sua história no Brasil no mesmo momento em que o rival Google também estreia no universo dos livros digitais brasileiros. O maior buscador do mundo acaba de iniciar a venda de e-books no Brasil, o primeiro País da América Latina a oferecer o serviço, a exemplo de alguns países da Europa e Ásia. Segundo informações publicadas na edição desta quinta-feira 6 pelo jornal Folha de S. Paulo, o acervo terá dez mil títulos em português, além de filmes disponíveis por meio do Google Play. A loja possui hoje um catálogo total da ordem de 25 mil títulos em outras línguas e outros dois milhões de livros digitais gratuitos em diversos idiomas. O próximo passo pode ser a inclusão da venda de música, revistas e seriados de TV, o que deve acirrar ainda mais a disputa de mercado com a Amazon em 2013.

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Livraria Cultura sai na frente

A Livraria Cultura é um dos oponentes nacionais mais preparados para enfrentar a concorrência das marcas estrangeiras. Nesta quarta-feira 05, a livraria saiu na frente da própria Amazon e iniciou as vendas do e-reader Kobo em todas as suas unidades. Sem especificar números, Sergio Herz, presidente da Livraria Cultura, afirmou que as vendas, no dia de estreia do aparelho nas lojas, estavam “indo muito bem”. Além disso, como vantagens do Kobo sobre outros leitores o fato de o consumidor não ficar necessariamente preso à Cultura para aquisição de e-books e ferramentas estatísticas com as quais a pessoa pode mensurar seus hábitos de leitura, como quantos livros leu, em quanto tempo etc.

“Ele também tem integração com as redes sociais, é possível discutir com os outros que estão lendo uma mesma obra ou mesmo com os autores, se eles permitirem”, destacou Herz. Em setembro, quando foi anunciado o acordo entre a Cultura e a canadense Kobo, divulgou-se que a expectativa da livraria brasileira era ampliar seu portfolio de e-books de 330 mil para três milhões de títulos.

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