Artistas se reúnem para discutir relação com marcas
Personalidades como Dudu Bertholini participaram de processo de design thinking e outros métodos ágeis desenvolvido por La Baraque e Troublemakers
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Luiz Gustavo Pacete
30 de agosto de 2018 - 8h41
Quais os limites na relação entre arte e marcas? De que forma esses dois mundos podem se aproximar por meio da construção de ações orgânicas? Como colocar a obra de um artista em um contexto de consumo? Essas e muitas outras perguntas foram feitas na semana passada durante um exercício de design thinking, e outras metodologias ágeis, desenvolvido pela agência La Baraque, especializada na intermediação entre marcas e artistas, e a consultoria Troublemakers. Com 25 artistas de áreas distintas, a dinâmica teve como foco a construção de uma plataforma que melhorasse a conexão entre artistas e marcas de forma autêntica.
Movimentos transformam inclusão em marcas
Entre os artistas presentes estavam Ana Strumpf, Dudu Bertholini, Fabio Gurjão, Gabriel Azevedo, Guto Requena, Ira Trevisan, Kleber Matheus e outros “Uma das coisas mais interessantes que vivemos foi trazer o artista para pensar no todo, inclusive na estratégia e potencial de mercado das ideias. Colocá-los em contato com todo processo de design estratégico enriqueceu tanto a entrega final quanto ao nível de insights e conexões”, diz André Foresti, fundador da Troublemakers.
Para Fernando Ambrósio, diretor da La Baraque, as marcas estão em busca de conteúdo autoral focado em legitimidade, atitude e inovação. “O desafio é entender e manter o DNA da marca sem perder a força do universo do artista. Não há resistência, porém, existe uma vontade de trazer inovação e autenticidade nos projetos. O objetivo principal para eles não é simplesmente fazer uma campanha de marca, mas algo que seja relevante para o consumidor”, afirma.
“Como artista, tenho uma responsabilidade social e um cuidado de como falar e propagar aquilo que crio, para reverberar nas pessoas algo mais verdadeiro possível”, afirma a fotógrafa Verena Smit. Segundo Guto Requena, arquiteto e designer, trabalhar com uma marca representa abrir possibilidades de criar experiências interativas inovadoras, especialmente na rua, levando arte para espaços públicos. “É preciso ter flexibilidade para entender a marca, mas também ser criterioso e cuidadoso para manter os conceitos do projeto sem uma apropriação indevida da marca”, afirma Guto.
Para a graphic designer Naima Almeida, o trabalho com marcas potencializa o alcance de muitos trabalhos. “Chegando a lugares e pessoas que talvez não chegaria sozinho. Além disso contribui muito para o pontapé inicial do meu processo criativo. Eu gosto de ter um quebra-cabeças para solucionar. Muitas vezes eu prefiro ter esse ponto de partida. Os limites se dão quando isso esbarra em valores pessoais ou quando a marca não está em alinhamento com a minha busca estética e conceitual”, diz Naima.
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