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Falta combustível ao movimento olímpico?

Quase um terço das confederações esportivas brasileiras que estão em Londres não tem patrocinadores


30 de julho de 2012 - 3h35

Para transformar um país numa potência olímpica é preciso muito mais do que investimentos financeiros, mas o dinheiro é um combustível essencial para o desenvolvimento de campeões. No entanto, sete das 24 confederações esportivas brasileiras que estão com representantes nos Jogos Olímpicos de Londres não têm patrocinadores (veja tabela abaixo). Outras sete têm apoio apenas de empresas estatais, enquanto as dez restantes têm contratos tanto com companhias privadas quanto públicas.

Mesmo com 19 empresas privadas na lista de patrocinadores — sendo dez da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) —, as estatais, o Ministério do Esporte e os mecanismos do Governo Federal (como a Lei Piva, a Lei de Incentivo ao Esporte e o Bolsa-Atleta) são os principais financiadores do desporto nacional — foram cerca de R$ 2 bilhões neste ciclo olímpico. Não é à toa que o Ministro do Esporte Aldo Rebelo subiu o sarrafo em relação ao desempenho em Londres. Enquanto o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) projeta 15 conquistas na terra da rainha, a pasta espera ao menos 20 medalhas, o que representaria um novo recorde para o Time Brasil.

Petrobras e Bradesco se destacam na lista de incentivadores do esporte com o patrocínio a cinco confederações cada. O programa Petrobras Esporte & Cidadania, por exemplo, apostou em modalidades que distribuem um grande número de medalhas e que o País não tem histórico de conquistas, como boxe, esgrima, levantamento de peso, remo e taekwondo. “O maior retorno para a Petrobras é proporcionar as melhores condições para o treinamento dos atletas e, consequentemente, assistir a evolução do desempenho nas competições, reforçando sua imagem institucional de grande parceira do esporte nacional”, afirma o gerente de patrocínio esportivo Claudio Thompson.

Depois do Bradesco, que não atendeu a reportagem de Meio&Mensagem até o fechamento desta matéria, a Sadia é o maior investidor privado das confederações, patrocinando três modalidades, além de 27 atletas individualmente. “Os patrocínios visam intensificar a associação da marca ao esporte e, ao mesmo tempo, incentivar mudanças de atitudes nos consumidores ao estimular atividades físicas e hábitos de vida mais saudáveis. Os atletas possuem um importante papel em nossa estratégia, pois servem como fonte de inspiração, não apenas pelos resultados conquistados, mas também pelos valores que a marca deseja transmitir. As confederações, principais responsáveis por fomentar as modalidades no País, legitimam esta mensagem”, analisa Eduardo Bernstein, diretor de marketing da BRF, dona da marca.

No caso do Grupo Pão de Açúcar, a estratégia da plataforma de esporte, criada há 20 anos, não passa pelo patrocínio direto às confederações. Mas além de patrocinar 82 atletas, a companhia inaugurou em novembro de 2011 o Núcleo de Alto Rendimento (NAR). Com investimentos de R$ 5 milhões, o espaço surgiu para avaliar e melhorar o treino de atletas, e capacitar cientificamente técnicos e preparadores físicos. “É um projeto inovador. É uma avaliação em movimento que gera dados para a prescrição de treinamento. Tínhamos essa carência no Brasil. Achamos melhor investir no desenvolvimento de todas as modalidades do que patrocinar mais uma”, conta Renata Gomide, gerente de marketing esportivo do GPA, destacando que 500 atletas já passaram pela avaliação do NAR. A varejista mantém uma parceria com o COB e o espaço é aberto para todos os atletas brasileiros de alto rendimento.

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