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Online e off-line se igualam na Black Friday 2019
Estudo de Google e Provokers aponta que 36% dos brasileiros pretendem realizar compras por meio dos aplicativos das varejistas na data
Online e off-line se igualam na Black Friday 2019
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BuscarEstudo de Google e Provokers aponta que 36% dos brasileiros pretendem realizar compras por meio dos aplicativos das varejistas na data
Amanda Schnaider
24 de setembro de 2019 - 6h55
Criada nos Estados Unidos, a Black Friday, data do varejo que é realizada na última sexta-feira do mês de novembro, é tradicionalmente conhecida como um período de grandes descontos no varejo. Este ano, de acordo com o estudo “Temporada Black Friday”, do Google, em parceria com o instituto de pesquisa Provokers, o número de pessoas que farão compras pela internet, na data, será igual aos compradores das lojas físicas.
Esse dado se confirma pela presença dos consumidores multicanais, ou seja, aqueles que fazem compras nos dois ambientes. Em 2019, a expectativa é de que 25% das pessoas comprem em ambos os canais, frente a 7%, em 2018, aponta a pesquisa. Além disso, dois terços dos consumidores utilizam a internet como forma de consulta antes de comprar em lojas físicas no período.
Gleidys Salvanha, diretora de negócios para varejo do Google Brasil, comenta que enxerga esse movimento de multicanalidade tanto nos varejistas quanto nos consumidores. “Do lado do varejista multicanal, temos uma estratégia cada vez mais clara, com oferecimento de serviços como clique e retire, inventário da loja física no ambiente digital, entre outros. Do lado do consumidor também, apesar de 95% das vendas do varejo ocorrerem no ambiente físico, o consumidor recorre ao ambiente digital para tomar a decisão do produto ou marca antes de visitar a loja física”, diz.
Apps
A Black Friday também é um período em que as varejistas devem apostar em seus próprios aplicativos, pois segundo o ranking do App Annie, o Brasil está entre os principais países no mundo que utilizam a plataforma, ficando apenas atrás de Índia, Estados Unidos e Coréia do Sul. De acordo com a pesquisa do Google, 57% e-shoppers brasileiros já realizaram compras através de aplicativos e 36% pretendem comprar desta maneira na data.
Apesar dos apps serem a porta de entrada para os grandes varejistas, ainda existe oportunidade de aumento de base, porque apenas 28% dos consumidores online brasileiros tem o app do seu varejista favorito instalado. “O aplicativo se tornou, além do grande canal de compra, uma plataforma de relacionamento da marca com seu consumidor também”, afirma Gleidys.
Outro ponto é a retirada na loja. A pesquisa revela que 39% dos brasileiros consideram a opção muito importante na hora de decidir a loja, sendo que 24% compradores da data pretendem usar essa forma de entrega para suas compras online. Além disso, o levantamento aponta que as principais razões pelas quais os consumidores escolhem esse tipo de entrega é não pagar o frete, não esperar pela chegada do produto e ter certeza de que o produto estará disponível.
O quesito frete também é determinante na hora da decisão de compra em comércios eletrônicos, pois 39% das pessoas não compram online na Black Friday por conta do custo do frete, seguido por “gosto de ver o produto pessoalmente”, 35%, de acordo com a pesquisa. Já, entre aqueles que pretendem utilizar o serviço de compra online e retira na loja, 36% tem como objetivo principal não pagar o frete.
A diretora de negócios para o varejo do Google Brasil, afirma que como o e-commerce brasileiro nasceu com a estratégia de preço mais barato, incluindo o frete grátis e “nos últimos anos, os grandes players do mercado começaram a reduzir essa estratégia. Com esse movimento, o consumidor está dando mais valor ainda para o frete grátis, principalmente na Black Friday”.
Cashback
A pesquisa ainda revela que a Black Friday é um momento para as varejistas expandirem os serviços, pois apesar do preço ainda ser o principal fator de escolha na hora da decisão de compra, ele vem perdendo relevância para outros atributos, como confiança na loja e na marca. “Isso acontece durante o mesmo movimento das empresas varejistas de oferecerem um nível de serviço cada vez melhor, criando ecossistemas que passam por uma logística mais eficiente e rápida, meios de pagamentos como carteira digital e estratégias de promoções diferenciadas como cashback”, comenta Gleidys.
Essa forma de crédito que pode ser usada na próxima compra, o chamado cashback, é conhecido por somente 23% das pessoas que responderam à pesquisa, sendo que 60% delas souberam descrever corretamente o que ela era. Já, das 36% das pessoas que não tinham certeza do que era cashback, apenas 7% descreveu o termo de forma correta. “Para mudar no entendimento da promoção e proposta de valor, leva um tempo. Grandes eventos como a Black Friday e o Dia do Consumidor são oportunidades únicas para acelerar esse entendimento”, pontua a diretora de negócios para o varejo do Google Brasil.
O estudo foi feito entre os dias 25 e 29 de julho a partir de entrevistas com 1502 pessoas de 18 a 54 anos, das classes ABC de todo o Brasil, que realizaram compras online ou offline regulares nos últimos seis meses, além da pesquisa online feita por meio da ferramenta Google Survey com 1000 pessoas de 18 a 65 anos de todo o Brasil, entre os dias 15 e 20 de agosto.**Crédito da imagem no topo: Rawpixel/Pexels
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