Para o marketing, já é Copa do Mundo!
Com a final da Copa das Confederações, patrocinadores, agências e marcas ligadas ao mundo esportivo já se concentram na Rússia 2018
Com a final da Copa das Confederações, patrocinadores, agências e marcas ligadas ao mundo esportivo já se concentram na Rússia 2018
Luiz Gustavo Pacete
3 de julho de 2017 - 7h05
A Copa das Confederações chegou ao fim, neste domingo, 2, com a vitória da Alemanha, e a um ano da Copa da Rússia, o ritmo de preparação vai além dos gramados. O marketing de muitas empresas e agências esportivas já vivem o ritmo de Copa.
“A Copa sempre começa bem mais cedo para o marketing. Já é tempo de ativar as promoções, campanhas de incentivo, e programas de fidelidade que começam agora a serem lançadas internamente”, diz Gilmar Caldeira, da Honour Experiences, agência oficial de hospitalidade da Copa da Rússia 2018.
Neste ano, diferentemente de outros, a instabilidade econômica adiciona uma preocupação. “É natural que em um cenário incerto as decisões levem mais tempo a serem tomadas, mas a Rússia possui elementos interessantes em termos de marketing e pode despertar um interesse incomum por sua atratividade turística e histórica”, diz Caldeira.
A estimativa da FIFA é de que a audiência do torneio do próximo ano chegue a 3,6 bilhões de pessoas em um total de 64 jogos e 32 seleções. Apesar da preocupação com a economia do Brasil, Mauro Corrêa, sócio da Chime Sports Marketing, acredita que o país sai de uma ressaca, após os grandes eventos que realizou, com patrocinadores mais maduros.
“Vão surgir algumas oportunidades em torno de novas tecnologias, como a transmissão com streaming e a possibilidade de ocupar territórios bem interessantes. Como sempre, se sairá melhor quem der o passo inicial e quem se adiantar perante à concorrência. As decisões deverão ser tomadas já no segundo semestre deste ano”, diz Mauro Corrêa. Ainda de acordo com o executivo, o fato de a seleção ter se classificado aumentou a expectativa positiva e beneficiará diretamente o marketing.
“O fato de a seleção estar em alta junto a animação e a euforia da torcida auxilia o futebol brasileiro em captação de patrocínios, porém é difícil de se mensurar o quanto é seu peso. Mas é bom separar seleção brasileira dos clubes nacionais, pois são duas coisas e mercados distintos”, diz Fábio Wolff, sócio diretor da Wolff Spots & Marketing.
A presença digital da seleção brasileira também será um ponto importante. Assim que o time de Tite se classificou para a Rússia 2018, o Ibope Repucom realizou um levantamento sobre a presença digital das maiores seleções de futebol no mundo. A análise abrange as contas oficias das confederações de futebol que participaram ao menos uma vez da Copa do Mundo da FIFA, e traz as 40 maiores em número de inscritos em suas redes sociais.
Somando os inscritos das plataformas analisadas, a CBF acumula mais de 17,4 milhões de inscrições, ficando atrás apenas da Federação Mexicana de Futebol (FMF), que acumula 17,6 milhões. Analisando por plataforma, a CBF ostenta a maior página do Facebook, entre as confederações de futebol do mundo com 11,8 milhões de curtidas, além da segunda maior conta no Twitter com 3,8 milhões de seguidores e da terceira maior conta no Instagram, com mais de 1,6 milhão de seguidores.
“Com o início das ações de promoção e ativações dos patrocinadores da Copa do Mundo de 2018, os investimentos em ativações digitais são crescentes e os patrocinadores já começam a explorar o incrível potencial de engajamento proporcionado pelo atual momento da seleção brasileira”, afirma José Colagrossi, diretor executivo do Ibope Repucom
Do ponto de vista financeiro, a situação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também é positiva. Apesar de ter perdido cinco patrocinadores desde 2015 como Samsung, Gillette, Sadia, Michelin e Unimed, a entidade teve bons números financeiros no ano passado. De acordo com seu último balanço financeiro, divulgado em abril, o faturamento chegou a R$ 647 milhões em 2016, ante R$ 518,8 milhões em 2015. Somente em patrocínio, foram arrecadados R$ 411 milhões ante R$ 339,6 milhões em 2015.
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