Por que nao temos um SilvaPost

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Ponto de vista

Por que nao temos um SilvaPost


19 de abril de 2011 - 8h42

Na semana que vem realizaremos mais um youPIX e um dos debates provocadores que vamos realizar se chamará "Mamãe, quero ser ARIANNA HUFFINGTON!".

Montamos uma mesa super top – Pedro Burgos (Gizmodo Brasil), Guilherme Valadares (Papo de Homem), Marcelo Coutinho (Terra e FGV), Caio Tulio Costa (ex-UOLe ex-IG) e Felipe Teobaldo (Neonico) – para debater o assunto.

Sem querer me adiantar ao debate, que promete ser muito interessante e deverá nos propiciar bons insights (vou postar aqui alguns depois), resolvi levantar o assunto aqui neste meu primeiro post no M&M Ponto de Vista, pois trabalho com conteúdo e me intriga muito o fato de nossa mídia “indie” digital estar prioritariamente baseada em blogs/sites/twitters de humor e vergonha alheia. Depois do debate podemos fazer um post mais interativo, quem sabe até em 2 partes, depois do papo do youPIX.

Sem um olhar preconceituoso, nem pra lá nem pra cá, fico me perguntando: de onde vem isso?

Não me interessa discutir se isso é bom ou ruim, até porque penso que essa conclusão não existe, mas sim tentar entender o fenômeno, as razões, os fatores culturais que criaram esse jeitão indie brazuca de ser.

Tenho algumas reflexões que vou lançar por aqui. Vou enviar esse post para os participantes da mesa como “food for thoughts” e na semana que vem a gente amarra tudo, inclusive com os comentários de vocês por aqui. Fechou?

Vamos a alguns pensamentos: 

– O Brasil me parece um dos raros países onde a mídia dita “tradicional” entrou com tudo na nova mídia. Folha de S. Paulo, Globo, Abril, RBS… e vários outros grandes grupos editoriais familiares abraçaram a web no primeiro momento e com isso ocuparam espaços que ficaram muito mais vagos em outros países. Feitos como a criação pioneira e a liderança do UOL (iniciado pela Folha e Abril), por exemplo, são raríssimos no mundo. Será então que não temos uma Arianna Huff porque não precisamos de uma? Fica também uma pergunta no ar: esses grandes grupos conseguem ser a essência da web, colaborativa, free, caótica, indie e democrática… ou acabam reproduzindo um modelo mais “tradicional”?

– O Brasil está numa fase boa, a economia crescendo, muito emprego no ar e com isso muitos empreendedores podem ficar pouco atraídos para montar seus próprios negócios de conteúdo. Será?

– A publicidade brasileira é muito estruturada, profissionalizada e tem suas amarras muito bem definidas, o que transforma um business plan de uma empresa de conteúdo em algo muito sofrido e desafiador no mercado. Sei do que falo por experiência própria.
Pode ser também uma coisa muito mais simples, que merece muito menos elucubrações e reflexões como:

– Somos um povo alegre e nossa cultura é muito focada na vida boa, no curtir a vida e, assim sendo, a web indie se tornou simplesmente um espaço que manifesta esse nosso lado? Hum, será simples assim?

Então, vai um Mamilos aí? (mais de 1,2 milhão de views ao terminar esse texto):
 

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