Meio & Mensagem
13 de maio de 2011 - 12h25
Que a televisão tem um alcance brutal, invade a vida e o cotidiano das pessoas com suas novelas, filmes e esportes, isso já é conversa antiga. Quem nunca se comparou a um personagem – o mocinho, o galã, o empresário do bem ou mesmo do mal?
Antigamente, a televisão por meio dos seus mais diversos gêneros, exibia qualquer conteúdo; ele ecoava e permanecia nas conversas de bares, portas de supermercados e escolas pelo tempo cíclico costumeiro, ficando a população – audiência separada como se fosse por um muro invisível, já que não tinha como opinar, se manifestar, quer seja apoiando ou reprovando o referido conteúdo.
Se não me engano havia SACs, Ouvidorias, Ombudsman, todos com uma grande formalidade protocolar e mínimos resultados concretos.
Num passado mais recente, chegaram, internet, e-mails e mais recentemente ainda as redes sociais.
Como brilhantemente definiu Nizan, o Twitter de hoje é exatamente o rádio amador de antigamente. Um grande parlatório coletivo. Cada um fala o que quer, cada um recebe o que quer e o que não quer. Um grande ponto de encontro e desencontro de opiniões e pensamentos.
Impossível negar que o referido muro invisível citado acima foi facilmente superado quando utilizamos as redes sociais para comentar um conteúdo exibido na televisão, quer seja “um frango de um goleiro”, um reality show… etc.
Voltando ao passado, uma piada de mal gosto, infeliz, transmitida em rede nacional pela telinha causava um mal estar absolutamente momentâneo e por lá morria.
Ontem , testemunhei através das redes sociais, um famoso humorista que está no ar às segundas-feiras, fazer uma piada de extremo mal gosto, mexendo com o sentimento de famílias que perderam parentes de forma tão trágica, trazendo um passado que não merece ser retratado em uma piada.
A resposta veio imediatamente, opiniões, manifestações, o humorista apaga o comentário e pede desculpas depois de ainda tentar infrutiferamente mudar o foco da discussão.
O que aprendi e me convenci, é que hoje em dia não existe mais muro invisível, vivemos num momento de convergência de mídias e não há local em que um comentário possa passar desapercebido.
Um programa começa na telinha, ruma para as redes sociais, passando por escolas, bares, cabeleireiros….. e certamente poderá voltar para a telinha; isso não necessariamente nessa mesma ordem.
Fabio Wajngarten dirige o Controle da Concorrência
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