Andrea Dietrich
20 de maio de 2011 - 12h29
Falar de social commerce começou a ficar um pouco mais comum nesses últimos meses. Trata-se de um tema bastante novo sobre uma nova forma de comercializar através das mídias digitais. Conforme ilustração da Cisco abaixo, o conceito social shopping é a evolução dos mecanismos de influencia no processo de compras, assim como já passamos pelos mecanismos de comparação e abertura de reviews de produtos nos sites.
A matéria desse mês do TrendWatching, uma das grandes fontes de tendências e comportamento do mercado e consumidor, é sobre o ˜F-factor˜, ou seja, o movimento social de fãs, seguidores (followers) e amigos (friends) impactando o processo de decisão de compra das mais diversas maneiras e é sobre isso que vou falar um pouquinho.
Um movimento relevante para indústrias, varejistas e qualquer marca que busque reputação e resultados em venda. Ainda é algo muito novo, mas não tenho duvidas que podemos ser surpreendidos em breve com o poder que essas ferramentas sociais terão em nosso processo de comercialização de produtos e serviços.
O artigo é bem completo com referencias ricas de cada um dos “f”s que estão sendo considerados como tendência. Vale a pena dar uma lida e clicar nos links indicados para conhecer de perto as novidades online que nos surpreendem sempre. Os 5 tópicos abordados são:
1 – F-Discovery: como consumidores descobrem novos produtos/ serviços através da sua rede de relacionamento;
2 – F-Rated: como consumidores irão receber cada vez mais (e automaticamente) avaliações, recomendações e opiniões da sua rede;
3 – F-Feedback: como consumidores poderão pedir para que seus amigos e seguidores validem suas decisões de compra;
4 – F-Together: como fazer compras está cada vez mais social, mesmo quando as pessoas não estão fisicamente juntas;
5 – F-Me: como nossas redes de relacionamento estão se tornando literalmente em produtos e serviços.
A grande sacada é que, após a explosão das redes sociais, as pessoas começaram a usufruir da sua rede de relacionamento para buscar boas dicas de compras com menos esforço e mais relevância, afinal são produtos/ marcas/ serviços sendo recomendados por quem já experimentou e que você confia. O boca a boca definitivamente ganhou uma ferramenta poderosa para atingir mais e mais pessoas.
Alguns ícones desse movimento já fazem parte do nosso dia a dia, como um botão de compartilhamento presente em muitos sites hoje em dia, o botão de Like do Facebook também cumpre esse papel nos posts de produtos nas redes sociais, os clubes de compras e compras coletivas e as hashtags no twitter que trazem encontrabilidade sobre o que é bom ou ruim (exemplos: #recommendation, #fail). Segundo o artigo, o site da empresa JuicyCouture (www.juicycouture.com) teve aumento de vendas de 160% depois que implementou ferramentas de compartilhamento nos produtos.
Acompanhei novidades interessantes no Facebook nessas ultimas semanas, como:
– Aplicativo Resolva.me (www.facebook.com/resolvame) – aplicativo que permite que você faça buscas, perguntas para as pessoas da rede social, a fim de contratar um serviço ou qualquer outra informação. Você também pode indicar bons profissionais, serviços e o que mais interessar.
– LikeStore – desde o ano passado algumas empresas estão investindo em publicar sua loja online diretamente pelo seu canal no Facebook sem que o cliente precise ir até o site de ecommerce , caso da Asos (www.facebook.com/asos). A novidade da semana é uma ferramenta gratuita para disponibilizar o serviço de compra e venda pelo Facebook, a LikeStore (www.likestore.com.br), que em breve estará aberta para qualquer pessoa que queira transformar sua fan page em uma vitrine virtual. No primeiro ano, o serviço brasileiro espera realizar 150 mil transações com um ticket médio de R$ 120, movimentando um montante de R$ 18 milhões.
O Facebook tem se tornado um plataforma poderosa, não só para relacionamento como também para comércio e o que mais esteja por vir. Segundo pesquisas recentes (ComScore e ExactTarget, via Social Media Examiner, Out2010), a rede cresceu 258% somente no Brasil (2009 X 2010), os usuários são na sua maioria maiores de 25 anos, ou seja, potenciais consumidores, 43% dos usuários curtem ao menos uma marca e se dizem dispostos a comprar por este canal.
Um exemplo bom para ilustrar já com resultados foi a loja da Pampers no Facebook, lançada em março do ano passado e que registrou vendas de 1.000 unidades em 1 hora (http://socialcommercetoday.com/pg-facebook-store-1000-transactionshour/).
O maior desafio para as empresas então está em trabalhar para conquistar o “share of heart”, ou seja, conquistar um espaço no coração das pessoas para que recomendem e espalhem a sua marca pelas suas redes de relacionamento e ganhem “likes”, “followers”e “friends”. Como já temos ouvido há algum tempo não basta comunicar bem, tem que entregar o que promete e construir um relacionamento cada vez mais próximo com o cliente, pois eles falarão de você on e offline, influenciando outras pessoas a comprar ou não a sua marca.
E o que se constrói nessa discussão cibernética em torno de pessoas e marcas nas redes sociais é a reputação. Mas isso é tema para um próximo post. 😉
* Andréa Dietrich é responsável pelo núcleo digital do Grupo Pão de Açúcar
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