Edgar Chagas Diniz
27 de junho de 2011 - 1h20
As Olimpíadas de Londres – 2012 marcarão a estréia das redes sociais em grande escala em Jogos Olímpicos.
Em 2008, o Facebook engatinhava (era bem menor que o My Space nos EUA), o Twitter inexistia e o Orkut estava iniciando seu domínio inicial no Brasil, antes ainda de ser desafiado pelo Facebook.
Pela primeira vez, centenas de milhões de pessoas assistirão às transmissões em uma infinidade de dispositivos e celebrarão conjunta e socialmente os triunfos dos seus ídolos através das redes sociais.
Também, pela primeira vez, os atletas terão uma forma de conexão direta, sem intermediários, com seus fãs espalhados pelo planeta. Certamente, alguns atletas optarão por férias digitais durante os Jogos, deixando seus assessores com essa tarefa. Outros, no entanto, vão aproveitar a oportunidade e os momentos de ansiedade e glória pra dividir cada sensação com seus seguidores virtuais. E com as facilidades tecnológicas atuais, até vídeos feitos pelos próprios atletas na Vila Olímpica poderão ser exibidos pra milhões de pessoas assim que eles forem filmados.
Fico imaginando situações passadas que poderiam ganhar outra dimensão com as redes sociais. Imaginem o que a Fabiana Murer poderia dizer depois de ter sua vara sumida no momento decisivo da disputa pela medalha. Ou poder acompanhar os bastidores da celebração da medalha de ouro do Cesar Cielo nos 50m livre, sua última prova nos Jogos. Voltando bastante no tempo, seria bem interessante ouvir diretamente do João do Pulo o que ele achou de ter tido seu melhor salto considerado queimado, em decisão que muitos juram ter sido “armada” nas Olimpíadas de Moscou em 1980? E que tal saber da reação de craques da seleção de prata do nosso vôlei após a derrota para os EUA em 1984?
E, em outro lado, é possível que saibamos mais sobre as baladas noturnas da Vila Olimpica que sempre circulam no imaginário coletivo. Talvez mistérios, como a fuga de Robson Caetano em suas primeiras Olimpíadas, quando ainda era um ilustre desconhecido, sejam revelados por terceiros. Ou não.
O certo é que vai ser bem interessante acompanhar as primeiras Olimpíadas das redes sociais.
Que venham os Jogos Olímpicos de Londres. As transmissões e as coberturas esportivas dos grandes eventos não serão mais as mesmas. Que venham as novidades. E que elas nos desafiem (os veículos) a encontrar novas formas de levar a emoção do esporte aos bilhões de apaixonados espalhados por esportes no mundo.
*Edgar Chagas Diniz é presidente da TV Esporte Interativo
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