Geraldo Leite
20 de julho de 2011 - 4h10
Sou fascinado pelo nosso processo da comunicação.
Nós já éramos ricos pela variedade, visões, opiniões, tamanhos, sotaques, misturas, maneiras com que criamos e aproveitamos também o que de bom se faz no exterior,… e, de um tempo para cá, começamos a ser ricos também no mundo digital.
Se o pessoal lá de fora tem mais poder aquisitivo, mais escola, mais formação; enfim, mais recursos, nós temos mais paixão, mais envolvimento, mais vontade de se sintonizar, experimentar e aproveitar as vantagens do mundo moderno.
E tome rede social, tome tempo de conexão, tome skype, tome youtube, tome sms, tome contato, tome abraço, tome olho no olho e por aí vai.
Porque o que acontece aqui não é necessariamente deixar de fazer o que se fazia. Somos múltiplos, diferentes, integrados, variados e com toda essa extensão territorial e com esse nosso jeitão de ser, não precisamos escolher um só.
Nós somos on & off, analógicos & digitais, surfando em uma realidade que mistura e espalha as possibilidades.
A riqueza que hoje aparece na mídia é poder enxergar as muitas plataformas e tirar o melhor delas.
Saber qual mistura dá bom caldo, como falar com os integrados e com os desconfiados.
Quando se analisa sem preconceito tudo é mais claro, mais sincero e menos parcial.
O que me incomoda são os catastrofistas, os “teoristas” da comunicação, pois que acham que todo o mundo é um Fla X Flu, onde tudo é preto ou é branco.
Nós somos, à la João, mulatinhos, “mistura de raça, mistura de cor”.
Falamos de meios, falamos de mídias, falamos de médias, de “medias” para os gringos, e nossa mídia nunca esteve tão rica, tão variada, tão instigante, ótima pra quem gosta de surfar e até mesmo perigosa, pra quem enxerga enviezado.
(*)Geraldo leite é Sócio-diretor da Singular Arquitetura de Mídia
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