Cauda longa versus Blockbuster
Não é uma luta do próximo UFC! Se você tem um mínimo de interesse em estratégias de Marketing não preciso ficar aqui me alongando sobre os respectivos livros, certo?
Não é uma luta do próximo UFC! Se você tem um mínimo de interesse em estratégias de Marketing não preciso ficar aqui me alongando sobre os respectivos livros, certo?
Meio & Mensagem
11 de abril de 2014 - 10h05
Chris Anderson vs Anita Elberse! Não é uma luta do próximo UFC! Se você tem um mínimo de interesse em estratégias de Marketing não preciso ficar aqui me alongando sobre os respectivos livros, certo ?
“A Cauda Longa”, de Chris Anderson, é de 2006 e muita gente já leu e tem uma opinião; “Blockbusters – Hit Making, Risk Taking and the Big Business of Entertainment”, por Anita Elberse, foi publicado no final de 2013 pela Henry Holt Editors – e, por enquanto, só nos Estados Unidos (editores brasileiros já devem ter comprado os direitos).
Mas porque menciono a “guerra” entre os dois autores? Antagônicos por posição acadêmica e atuação profissional – ele é ex-editor da revista Wired; ela, professora da Harvard Business School –, eles abordam o mercado do entretenimento por duas vertentes completamente diferentes, mas, na minha opinião, complementares e não excludentes. Explico a seguir.
Desde que o mundo é mundo, o “blockbuster” sempre existiu. Ou será que na Roma Antiga tinha um “Cabaret Máximo” na periferia? E as pessoas quando querem viajar, preferem uma foto na Torre Eiffel ou em algum fim de mundo por ai? E alguém já escolheu restaurante vazio para almoçar?
É da natureza humana: somos gregários, queremos compartilhar experiências (não só no Facebook!). Queremos o “seguro”, o “previsível”. Alguém se lembrou de Abraham Maslow? Sim, aquele da pirâmide das necessidades humanas. Pois é!
Ou seja: falar que a “cauda longa” seria o futuro dos negócios (do entretenimento) foi no mínimo uma ótima sacada para vender muitos livros e fazer muitas palestras por ai. Mas espera aí… Não sou defensor da tese da Anita (Anita Elberse, por favor!). Acredito que em qualquer negócio a técnica do “Blockbuster” se aplica com sucesso; nos cinemas, jogos de vídeo game, livros e shows fica mais fácil de analisar e ela fez isso com maestria. Parabéns, Anita!
O que seria da Fanta Uva se não fosse a Coca-Cola? E dos filmes Iranianos, aqui no Brasil, se não fosse o saudoso Leon Kakoff ? Que jogo de rúgbi a Globo quer transmitir no domingo às 16 horas, aqui no Brasil? “Cauda longa”, faça-me um favor… Mas todo mundo sempre teve ou terá seu momento “blockbuster”, mesmo que por 15 segundos!
Mas a “cauda longa” também é uma realidade total de qualquer gestor de Marketing que se preze. Depois que atingimos as necessidades básicas (de Maslow ) a pirâmide começa a fazer seu efeito e começamos a buscar outros objetivos (interesses) e aí a internet e os produtos da “cauda longa “ entram como uma luva neste contexto! Então o ex-editor da Wired tinha ( e tem !) muita razão em mencionar que a sua teoria vai de alguma forma revolucionar o mundo dos negócios. Parabéns, Chris!
Comunidades ou massa? Broadcast, Narrowcast ou NOcast ? “Lean Forward” ou “Lean Backward”? Vou assistir hoje ou espero alguém comentar se foi bom ou não? A peça com autor global ou daquele obscuro grupo experimental? O filme que ganhou o Oscar de melhor diretor ou o do cineclube? Fernando de Noronha ou aquela ilha lá no Caribe? Aspen ou uma estação de esqui que seu primo indicou lá em Montana? Livro que fala de “blockbuster” ou de “cauda longa”? Decida-se…
Compartilhe
Veja também
Dia das Mães: O Boticário, Cacau Show e Natura lideram menções entre marcas
Estudo da Buzzmonitor revela as marcas mais citadas nas redes sociais para a celebração da data especial
Hug vai na contramão dos processos automatizados para humanizar contratações em comunicação
A partir de uma percepção do mercado em que atuou por 20 anos, o CEO Gustavo Loureiro Gomes propõe abordagem mais humana, simples e transparente