Geraldo Leite
16 de janeiro de 2013 - 12h45
O ano mal começou e já vem um vento azedo de agouros prenunciando tempos difíceis e piores para o Brasil e para o nosso mercado.
Dos 365 dias que temos para construir as nossas vidas, de nossos filhos, das pessoas queridas, como também de nossas empresas, cai um véu de maldições, visões exageradamente pessimistas para o ano, que nos envolvem numa trama além dos esforços normais.
Se não chove, vai faltar luz. Se tem menos produção, vem o desemprego. Se menos pessoas trabalham, vem mais violência, inflação, cresce o problema social e, daqui a pouco, em mentes que vão entrando nessa neurose coletiva, paranoica, já estamos todos pulando do precipício ou procurando mudar para os países vizinhos…
Não é bem assim.
É claro que o mundo não é cor de rosa, mas dificuldades estão em todo o lugar e, na maioria dos outros lugares, os obstáculos, não são menores que por aqui.
Temos problemas de planejamento, sim. Temos desgastes das autoridades, sim. Temos uma impaciência, irritação, vontade de chutar o balde enorme, é claro – mas parte da solução está no nosso espírito, no bom senso, na garra, na vontade de resolver, no prazer de envolver as pessoas em um projeto conjunto.
Nós não temos uma excelente qualidade da comunicação no país? Um belo e invejável parque técnico de empresas de comunicação? Uma qualidade da propaganda elogiada em todo o mundo? Talentos artísticos, jornalistas, técnicos que garantem essa qualidade no ar, nas bancas, nos mobiles, etc?
Se nós queremos melhorar, se nós podemos sugerir, se nós soubermos enxergar, com boa vontade, com humildade, sem prepotência, temos todas as possibilidades de realizarmos, de fato, um ano melhor para a grande maioria.
Lembre que nunca tivemos tanta gente empregada. Que o consumo tem avançado. Que nunca tivemos uma situação tão boa no que se refere à nossa força de trabalho e que isso não tem nada a ver com política, é estatística, é o crescimento da nossa população com idade ativa para trabalhar – e nós podemos e devemos nos aproveitar dessa maré.
Tem uma onda vindo e dá pé. É pra gente pegar. Dá jacaré. Dá pra surfar. Dá para se deixar levar. E dá pra saber viver.
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