Uber perde batalha em São Paulo
Câmara aprovou projeto que proíbe uso de carros particulares em aplicativos remunerados, medida depende do prefeito Fernando Haddad para virar lei
Câmara aprovou projeto que proíbe uso de carros particulares em aplicativos remunerados, medida depende do prefeito Fernando Haddad para virar lei
Meio & Mensagem
1 de julho de 2015 - 8h38
O aplicativo de caronas Uber perdeu um dos primeiros capítulos de uma batalha que está apenas começando. Nesta terça-feira 30, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou o projeto de lei que proíbe o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para transporte remunerado. A medida, porém, ainda depende de uma segunda votação e do aval do prefeito Fernando Haddad.
A aprovação se deu após pressão e protestos por parte dos taxistas da cidade. Caso seja aprovado, o projeto criado pelo vereador Adilson Amadeu (PTB) também permitirá a proibição de parcerias entre empresas administradoras de aplicativos e estabelecimentos comerciais. Além da multa de R$ 1,7 mil, quem descumprir as normas deverá ter o carro apreendido. O Uber, em nota, afirmou que continuará funcionando na cidade, já que o projeto ainda não é válido. Na segunda-feira 29, a empresa começou uma campanha para conseguir o apoio da população. Foram mais de 200 mil e-mails de usuários enviados a vereadores de São Paulo pedindo que o projeto não passasse.
Ainda de acordo com o Uber, os usuários têm o direito de escolher o modo que desejam se movimentar pela cidade e seu modelo de negócios cria oportunidades de renda e oferece opções para o transporte urbano. Não é só no Brasil que o aplicativo enfrenta resistências. Recentemente, taxistas em Paris também protestaram contra o Uber.
No início de maio, o serviço foi suspenso por causa de uma liminar da Justiça de São Paulo, mas logo recebeu permissão para voltar a funcionar. A juíza da 19ª Vara Cível, Fernanda Gomes Camacho, derrubou a liminar que suspendia o funcionamento do serviço sob pena de multa de R$ 100 mil diários. De acordo com a juíza, a ação civil pública não é suficiente para avaliar se o serviço do Uber é irregular, cabendo ao sindicato dos taxistas recorrer ao Ministério Público. Desta forma, o aplicativo volta a funcionar regularmente em todo o território nacional.
A decisão da suspensão, proferida pelo juiz Roberto Luiz Corcioli Filho, da 12ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foi dada no final do mês passado e determinava ainda que Google, Apple, Microsoft e Samsung deixassem de fornecer o app em suas lojas online e que suspendessem remotamente os aplicativos Uber dos usuários que já o haviam instalado nos celulares.
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