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Valeant paga 150 mi pela Probiotica

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Valeant paga 150 mi pela Probiotica

Negócio insere a farmacêutica americana no mercado de nutrição esportiva, que cresce na esteira das classes emergentes


6 de fevereiro de 2012 - 9h00

A Valeant, farmacêutica americana criada em 1960 e hoje com faturamento anual estimado em US$ 3 bilhões mundialmente, acaba de pagar cerca de R$ 150 milhões pela compra do laboratório paulista Probiótica, líder em nutrição esportiva com faturamento de R$ 80 milhões ao ano.

O objetivo da multinacional americana – que no Brasil já é dona de outros dois laboratórios paulistas o Delta e o Bunker, ambos adquiridos em 2010 – é dobrar os atuais R$ 300 milhões movimentados pelo mercado de nutrição esportiva em aproximadamente três anos.

Presidida por Carlos Picosse, a Valeant tem receitas próximas de R$ 180 milhões no Brasil, o equivalente a 3% do faturamento global do grupo. A estimativa é elevar essa participação para 7% até 2014, segundo entrevista de Carlos Picosse, presidente do grupo no Brasil, publicada na edição dessa segunda-feira, 6, pelo jornal Valor Econômico.

Picosse ancora esse crescimento na expansão das academias, onde o Brasil figura entre os líderes em volume, além de aquisições, compra de medicamentos e participação em empresas de biotecnologia. A empresa prepara ainda um aporte de R$ 10 milhões para aumentar a sua capacidade produtiva.

O potencial das academias
As academias de ginástica crescem hoje na esteira das classes emergentes. Instaladas em favelas e bairros de baixa renda, elas cobram metade dos preços praticados pelas grifes destinadas aos consumidores de maior poder aquisitivo.

De acordo com o Data Popular, os consumidores de baixa renda respondem por 66% dos 4,2 milhões de brasileiros que frequentam as 19.681 academias de ginástica registradas no Conselho Federal de Educação Física (Confef), um dos maiores mercados do mundo.

O índice junto às classes D e E é de 14%, de acordo com o estudo, realizado no último trimestre de 2010. As dados apontam ainda que 44% das pessoas que praticam atividade física estão na base da pirâmide social e 14% ocupam a fatia mais elevada, o que mostra um forte apelo social ligado à atividade.

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