10 profissionais de mídia de destaque em 2011
Meio & Mensagem apontou os executivos que tiveram atuações marcantes neste ano
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Meio & Mensagem
22 de dezembro de 2011 - 10h51
A revolução digital colocou elementos ainda mais desafiadores no já complexo cenário do mercado de mídia. A pulverização da audiência, a migração das verbas de marketing, a atuação multiplataforma, o surgimento de novos canais de comunicação, o poder das redes sociais e a monetização do digital são alguns dos assuntos na pauta dos executivos do setor. Diante desse ambiente de negócios instigante, Meio & Mensagem elaborou uma lista com 10 profissionais de mídia que se destacaram ao longo deste ano. Confira:
À frente da programadora Globosat, que completou 20 anos em 2011, Alberto Pecegueiro é responsável, além dos canais de TV por assinatura, pelo moderno modelo de pay-per-view que ajudou a garantir os direitos de futebol junto aos clubes brasileiros até a temporada de 2015. A Globosat é a líder do mercado nacional, num ambiente em que disputa audiência com gigantes mundiais. Trata-se da empresa do grupo que consegue a façanha de ter a maior parte de seus canais próprios formada por uma grade de programas nacionais. Com um amplo leque de canais, trafega por todos os gêneros: tem desde canal de acervos (o Viva) até canais de sexo explícito hetero e homossexual (Sexy Hot e For Man, respectivamente), passando também por um canal de pay-per-view de lutas (Combate). Não por acaso, a Globosat absorve pelo menos a metade de toda a verba de publicidade destinada ao meio TV por assinatura. Ele está na empresa das Organizações Globo desde 1992. Trocou a faculdade de engenharia pela de jornalismo, curso em que se formou, e tem especialização em publishing. Começou na Rio Gráfica Editora, também da Globo, em 1979; depois atuou por seis anos na Editora Abril, antes de voltar à Globo.
O diretor-superintendente das revistas Exame, Info, Você S/A e Você RH, do núcleo de negócios e tecnologia do Grupo Abril, Alexandre Caldini, é o vencedor do Caboré na categoria Profissionais de Veículo deste ano. O executivo gosta de contar como começou profissionalmente: de uma loja de ferragens foi trabalhar num posto de gasolina e, depois, vendeu laranjas. A diversidade se tornaria, de fato, uma marca do executivo: formado em administração de empresas, atuou em marketing em empresas como Du Pont, Novartis, Diageo e Colgate. Nesse contexto de diversidade profissional, também foi professor na Faculdade de Administração, Economia e Ciências Contábeis da PUC – São Paulo. Na Abril há 13 anos, Caldini diz que a vida profissional atual reflete esse passado diversificado: da venda de laranjas para bebidas importadas, de detergentes a suplementos alimentares até chegar ao mundo das revistas, sites e eventos. É diversão com bons negócios, garante o executivo.
Em 2011, Alexandre Hohagen ganhou 30 milhões de amigos — e, junto com eles, a missão de impulsionar, em território brasileiro, os negócios da rede social mais populosa e bem-sucedida do mundo. Quando o convidou para assumir a vice-presidência da operação na América Latina, em fevereiro, o Facebook queria alguém com mente e objetivos digitais. E nada melhor do que uma das figuras responsáveis pelo crescimento de outro gigante. Nos seis anos que comandou o Google (de 2005 a 2011), Hohagen foi o nome forte da companhia no País e na América Latina, já que assumiu a gerência executiva da região, em 2008. A expertise em internet e o entendimento do novo padrão de consumo de conteúdo pela população foram sendo estruturadas já nas passagens anteriores por UOL, HBO, ABN Amro Bank e Boehringer Ingelheim. Formado em relações públicas pela Universidade de São Paulo, o executivo inicia 2012 com a missão de tirar do Facebook todo o seu potencial de produção de negócios (e receita) e, dessa forma, dar ao Brasil um lugar de cada vez mais destaque na timeline das estratégias do milionário Mark Zuckerberg.
O presidente do Esporte Interativo, Edgar Diniz, fecha o ano com um feito: o canal é o único, no Brasil, que está em todas as plataformas eletrônicas disponíveis. Somente neste ano, desenvolveu aplicativos (apps) para tablets e smartphones (para os sistemas operacionais iOS, da Apple, e Android, do Google), criou apps para as TVs conectadas (dos fabricantes Philips, Samsung e Sony) e chegou ao Facebook, com direito a transmissão ao vivo pela rede social. O pioneirismo do Esporte Interativo se deve ao esforço do canal em atender ao que Diniz define como “demanda reprimida (baixa densidade da TV paga) e nicho (conteúdo esportivo)”. O canal, além da transmissão na parabólica, TV aberta e paga, tem parceria com os portais UOL e Terra, é pioneiro em live streaming nas TVs conectadas no Brasil e no mundo. Diniz negocia, agora, com mais fabricantes de TV para chegar às telas de outros aparelhos. A meta é, nos próximos anos, levar o sinal a 80% da população (152 milhões de brasileiros). Atualmente, o canal chega a 100 milhões de pessoas.
De presidente do iG a diretor geral do Google Brasil, Fábio Coelho é um dos destaques da mídia eletrônica deste ano: a operação brasileira superou o Canadá e é o sexto mercado mundial da empresa e, em 2012, se prepara para se tornar o quinto no ranking mundial. O executivo também celebra o fato de a empresa ter vencido o Caboré 2011 na categoria Veículo de Comunicação – Mídia Eletrônica. O executivo assumiu o comando do Google em março deste ano e também é presidente, em segundo mandato, do Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil). Sob sua gestão, a estimativa é que o faturamento da companhia cresça 80%, embora o Google não divulgue oficialmente os números para o Brasil. Durante este ano, o executivo destaca a expansão dos colaboradores na operação brasileira, a ampliação das transmissões do YouTube (como o Rock in Rio), o crescimento de cobertura do Google Street View e os investimentos no Orkut. Para 2012, as expectativas do diretor-geral para o Google voltam-se para o mercado móvel e as redes sociais (Orkut e Google+).
Para ocupar a vice-presidência institucional e de rede de uma emissora que tem a missão de, diariamente, falar com o povo brasileiro, o carioca Frederico Nogueira precisa, de fato, conhecer o seu País. E foi essa experiência que seus quase 30 anos de carreira em veículos televisivos lhe propiciaram. Há quatro anos na vice-presidência do Grupo Bandeirantes, Nogueira iniciou sua trajetória na agência de propaganda Mendes Publicidade, na capital paraense. Após dois anos, mergulhou de vez no universo televisivo, atuando em afiliadas de Belém e Brasília. Sua relação com a Band começou em 1993, quando dirigiu a TV Goiânia e a TV Recife, afiliadas da emissora. Mudou-se para São Paulo em 2003, assumindo primeiramente a diretoria local até ser promovido ao atual posto. Responsável por toda a unidade de negócios televisivos do Grupo — onde está a TV Bandeirantes, que neste ano produziu e apresentou eventos internacionais como o Miss Universo e a Fórmula Indy — Nogueira também atua nas entidades do setor televisivo, presidindo a Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra). E é conselheiro do Fórum Brasileiro de TV Digital.
Desde 1999 na Infoglobo, Marcello Moraes assumiu no meio deste ano a direção geral do grupo no lugar de Paulo Novis, havia 15 anos nas Organizações Globo. No comando do conglomerado que edita os jornais O Globo, Extra e Expresso e seus respectivos sites, o executivo recebeu o desafio de preparar a empresa para o futuro, mantendo a força do impresso, que responde por 90% da receita de publicidade, e tornando mais eficientes os projetos para internet e multiplataformas. Engenheiro com MBA em Gestão pelo Ibmec, Moraes ingressou na Infoglobo como gerente de compras, em 1999, e ao longo de sua carreira no grupo foi promovido a gerente-geral de suprimentos, gerente-geral de distribuição e diretor executivo de mercado leitor e operações. No ano passado, assumiu o cargo de diretor de planejamento corporativo, à frente do Projeto Infuturo, voltado para a construção dos cenários competitivos da Infoglobo para os próximos anos.
Muito reconhecido pelo seu trabalho na mídia impressa, o jornalista Mario Sergio Conti seguiu um novo caminho em 2011, substituindo Marília Gabriela na apresentação do Roda Viva, um dos programas de entrevistas mais antigos da TV brasileira. O diretor de redação da Piauí assumiu o posto de âncora do programa em outubro, após o SBT reivindicar exclusividade sobre a apresentadora na TV aberta, e marcou a volta do programa com o cenário em formato de arena. Ganhador de um Prêmio Editor do Ano da World Press Review pelo seu livro “Notícias do Planalto – A imprensa e Fernando Collor” (pelo qual também recebeu um Jabuti), Conti acumula passagens por grandes veículos da imprensa, como Veja — publicação da qual também foi diretor de redação por seis anos — e Jornal do Brasil, além da própria Piauí. Em 2012, o jornalista deixará a direção de redação da publicação e passará a escrever como repórter — cargo que manterá paralelamente à apresentação do Roda Viva.
Gaúcho, formado em Ciência da Computação pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e com pós-graduação em Gestão Empresarial pela FGV, Paulo Castro é diretor-geral do Terra Brasil desde janeiro de 2006. Há 20 anos na empresa, Paulo é da equipe fundadora do Terra no Brasil. Começou na área de tecnologia e dirigiu ao longo de 15 anos as unidades de serviços empresariais, comércio eletrônico, publicidade e planejamento estratégico do Terra Brasil. Trata-se de um dos maiores portais da internet brasileira, com conteúdos de jornalismo, cinema e TV por assinatura, serviço de download de música, evento anual com shows internacionais (Planeta Terra) e participação ativa na cobertura de eventos. Além disso, o Terra ingressou de vez no mercado de direitos esportivos, desde a Copa de 2006, passando por Jogos Pan-Americanos e também Olimpíadas. Baseado no tripé informação, entretenimento e esportes, o portal é reconhecido pela excelência em conteúdo e serviços online, como Sonora e Terra TV, apontados como referência em seus segmentos. O Terra já conquistou o Caboré em 2008 como Veículo de Comunicação (Mídia Eletrônica) e foi indicado em três edições do prêmio. Em 2011, sob a direção de Castro, o Terra lançou sua rede própria de mídia Digital Out of Home (DOOH), com monitores em estabelecimentos comerciais como academias de ginástica, salões de beleza, cafés, bares e padarias.
Em agosto de 1984, Paulo Lima criou o programa de rádio Surf Report (precursor do Trip FM) e dois anos depois fundou ao lado do amigo e sócio Carlos Sarli a Trip Editora. A proposta era construir uma comunidade. Depois de 25 anos, comemorados em 2011, essa comunidade cresceu e consolidou uma marca independente num mercado dominado por grandes grupos de comunicação. Com taxas de crescimento de 30% ao ano nos últimos seis anos, a Trip tem projeção de faturamento de R$ 80 milhões em 2011, graças ao desempenho de suas duas divisões (marcas próprias, com Trip, TPM, Trip Transformadores e Trip FM, e custom publishing, que atende empresas como C&A, Pão de Açúcar, Audi, Coelho da Fonseca, Itaú, Daslu e Gol), tanto no papel quanto no digital. Ainda comemorando os 25 anos, a Trip fez em dezembro sua segunda incursão no mercado editorial internacional. Depois da versão em alemão criada em 2010 (e que ainda existe no digital), a empresa lançou no dia 6 em Nova York, nos Estados Unidos, uma edição especial da revista Trip com tradução para inglês com tiragem de cinco mil exemplares e quase 200 páginas. Já em 2012 a marca criada por Lima e Sarli deve estrear na TV.
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