C13 tambem se rende a Globo

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C13 tambem se rende a Globo

Entidade teria acatado aos clubes e rescindido o contrato firmado com a RedeTV


3 de maio de 2011 - 5h59

A briga pelos direitos de exibição do Campeonato Brasileiro na TV aberta pode ter chegado ao fim – e com a vitória da TV Globo. Segundo reportagens publicadas na tarde desta terça-feira 3 nos portais UOL e Lancenet, o Clube dos 13 teria aceitado o pedido dos grandes times do futebol nacional e liberado o caminho para as negociações individuais deles com a emissora do Rio de Janeiro.

Segundo os portais, após uma reunião realizada entre o Clube dos 13 e os representantes dos times de futebol do País, o presidente da entidade, Fabio Koff, teria cedido às solicitações dos clubes e concordado em retirar a denúncia feita contra a Globo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e rescindido o contrato assinado com a RedeTV, a ganhadora oficial do leilão promovido pelos direitos de transmissão.

Se confirmada a decisão, a vitória da TV Globo nesta batalha que já dura meses fica praticamente declarada. Até o momento, o Clube dos 13 vinha mantendo-se irredutível em sua decisão de que os direitos do Campeonato eram da RedeTV. Enquanto isso, a Globo fechou contratos individuais com 15 grandes clubes nacionais, que deixaram claro o seu desacordo com as regras para a licitação criadas pelo C13.

Na semana passada, o próprio Cade sinalizou uma inclinação para o lado da Globo em uma reunião feita no Senado. O presidente do Conselho, Fernando Furlan, declarou que não é de sua competência criar regras para o futebol e para o setor de comunicação e disse que não criaria impedimentos para os contratos da Globo com os clubes, caso eles obedecessem as regras vigentes.

A postura do Cade desagradou a RedeTV. Em entrevista ao Meio & Mensagem, o diretor de operações da emissora, Kalled Adib Neto, condenou o fato de o Conselho tomar uma posição sem nem ao menos ter visto os contratos e afirmou que a emissora não desistiria facilmente do direito adquirido com a vitória na licitação.

Procurada após a publicação da notícia da nova postura do Cade, a RedeTV afirmou que não recebeu nenhuma notificação de rescisão de contrato e se declarou surpresa a respeito do assunto.

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Entenda a polêmica

Toda essa novela sobre a aquisição dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro nos anos de 2012, 2013 e 2014 começou a se desenhar no segundo semestre do ano passado, quando o Cade determinou que não existiria mais uma cláusula preferencial para a renovação do contrato – que permitia que, no caso, a Globo (detentora atual dos direitos) sempre tivesse o privilégio de escolher, antes de qualquer outra emissora, se desejava ou não prosseguir transmitindo o Brasileirão.

Assim, o Clube dos 13 elaborou novas regras para a licitação do Campeonato, estabelecendo que as emissoras interessadas deveriam participar de um leilão e que os direitos para cada uma das mídias (TV Aberta, TV por assinatura e internet) seriam negociados separadamente. Logo de início, a Globo manifestou sua desaprovação ao novo modelo, assim como parte dos grandes clubes nacionais – que, encabeçados por Corinthians e Flamengo, deixaram claro sua preferência à manutenção da Globo, ameaçando, assim, abandonar o Clube dos 13.

Mantendo as regras estabelecidas, a entidade representante dos times realizou uma licitação no início de março, que foi vencida pela RedeTV, única emissora a entregar uma proposta, uma vez que Globo e Record, por já notar a fragmentação dos times no C13, decidiram não participar. A partir daí a disputa pelo Brasileirão passou a correr em duas frentes: na primeira, ficou a RedeTV e o Clube dos 13, tentando manter o acordo firmado e, de outro lado, a Globo e quase todos os grandes clubes nacionais, que foram articulando, um a um, contratos individuais de cessão de direitos de transmissão com a emissora do Rio de Janeiro.

Atualmente, 15 clubes já fecharam acordo com a Globo. O Cade, que até então era responsável por administrar a questão, já deu sinais de neutralidade na semana passada, dizendo que não tem competência para atuar na área do futebol e das comunicações.

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