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TV via satélite dispara em vendas

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TV via satélite dispara em vendas

Sistema por assinatura em DTH (direct to home) supera o cabo no mercado brasileiro


7 de junho de 2011 - 8h52

No país da TV aberta, o mercado de televisão por assinatura atraiu 888 mil novos clientes de janeiro a abril deste ano. Do total, 769 mil brasileiros optaram por alguma empresa com o serviço via satélite de DTH (Direct to Home), enquanto 145 mil adotaram a tecnologia de TV a cabo. Isto serve para ilustrar o avanço das antenas miniparabólicas no formato de pizza por sobre as residências do Pais. Este sistema já responde por 49,2% do mercado brasileiro, ultrapassando, de forma inédita, o mercado de cabo, que ficou atrás, com 48,1%.

O fenômeno responde pelos nomes Sky, Telefonica, Embratel e Oi – as três últimas ligadas a empresas de telecomunicações. Tratam-se dos principais players do segmento, e estão num trabalho bastante eficiente de angariar novos clientes. Isto, mesmo num cenário de pirataria latente, uma vez que, apesar de todo o esforço das autoridades e das próprias empresas em criptografarem seus sinais, caixas continuam vendidas no mercado clandestino com verdadeiros “hackers” atualizando constantemente de forma online os compradores sobre as atualizações de códigos de acesso aos sistemas via satélite.

Ainda assim, o setor floresce. Agrício Neto, da Sky, do alto de seus mais de 2,5 milhões de assinantes, celebra o fato de o crescimento do DTH estar relacionado exclusivamente à televisão por assinatura: “Não tem telefonia, não tem banda larga e cresce no Brasil todo”, afirma. Para ele, o crescimento da empesa se deu por uma conjunção de fatores e em vários públicos. Há, por exemplo, ampla oferta de canais em alta definição, concomitantemente à oferta de um pacote Light, a R$ 69,90/mês, e também à opção do chamado pacote Fit (com zero de taxa de adesão) por R$ 49,00/mês. Paralelamente, a operadora comunica suas opções de pacotes mais premium – a previsão neste ano é oferecer um total de 36 canais em HD- com a força de quem tem Gisele Bündchen como garota-propaganda.

Já na Telefonica, cujo serviço de TV via satélite está concentrado na área de atuação da própria telefonia fixa da empresa – o Estado de São Paulo -, 2010 foi marcado pelo foco na melhoria deste serviço. Diz Marcio Fabbris, diretor de Produtos Residenciais da Telefônica, que o DTH está preenchendo um papel importante de expansão do serviço por conta de sua cobertura. O serviço de TV da Telefonica tem chegado também à classe D, já que tem pacote inicial a partir de R$ 39,90/mês. A operação também conta com a maioria dos canais de TV aberta nos seus pacotes, e está ganhando os sinais locais da própria TV Globo. No primeiro trimestre do ano, a empresa acusou 509 mil assinantes.

A Oi fechou o primeiro trimestre do ano, segundo balanço da tele, com 311 mil assinantes (inclui operação de cabo, em Minas Gerais). De acordo com o diretor de TV da Oi, Ariel Dascal, o mercado é de alta competitividade. “Isso exige agilidade e ofertas diferenciadas, principalmente para quem é ‘jovem’ neste mercado como a Oi TV”, afirma o executivo. Para ele, o cenário de baixa penetração do serviço de TV paga no país representa boas oportunidades e a empresa está preparando o lançamento de serviço de TV por assinatura em novas praças. A perspectiva é chegar a todos os estados brasileiros, exceto o estado de São Paulo, até o fim do semestre.

A Embratel, segunda em número de clientes nesta tecnologia e responsável por boa parte do arranque do setor com uma política agressiva de preços, preferiu não falar. Em março, a operadora somava 1,3 milhão de assinantes, com 13% do mercado.
No geral, a indústria de TV por assinatura no Brasil fechou o primeiro quadrimestre de 2011 com a marca de 10,7 milhões de pagantes, um crescimento de 2,3% em relação a março. Isto corresponde a um total de 35,2 milhões de pessoas – para o IBGE, a taxa média de ocupação de domicílios no Brasil é de 3,3 habitante/domicílio. Os números integram o balanço da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

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