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Saem os usuários, entram os fãs

Painel sobre Transmídia do Fórum Brasil TV ressalta a importância de cativar a audiência pelo envolvimento emocional


15 de junho de 2011 - 5h05

Sabe aquele espectador que ficava sentado na poltrona assistindo a programação que a emissora de TV havia preparado naquele horário? Ou aquele internauta que limitava a navegar em alguns sites, lia o conteúdo publicado e desligava o computador para fazer outras atividades? Para profissionais da área de mídia e dos veículos de comunicação, esse tipo de audiência já é coisa do passado.

Com vontade – e disposição – para falar e interagir com o conteúdo e, mais ainda, com um leque quase infinito de escolha e de telas que disputam a sua audiência, os espectadores vão dar preferência aquilo que, de alguma maneira, tiver o poder de envolvê-lo por um período maior do que alguns minutos de lazer.

Para debater esse tema, o painel O Business do Transmídia, realizado durante a 12ª edição do Fórum Brasil TV – evento que acontece nesses dias 15 e 16 de junho, em São Paulo – trouxe o diretor Nuno Bernardo, da produtora BeActive (responsável pela assinatura do case Castigo Final) e os profissionais Giuliano Chiaradia ( TV Globo), Lydia Antonini (Digital Media), Triona Campbell (CR Entertainment) e Jason Taylor (Bad Hat Harry).

Ao comentar o case Castigo Final (que combinou uma websérie de suspense com ações em redes sociais, na internet, em jornais e em demais canais interativos), Bernardo destacou a importância da coerência e inteligência no uso de diversas plataformas para se contar uma história. Segundo ele, um conteúdo só é transmídia quando consegue ser invasivo, penetrando no estilo de vida da audiência e fazendo com que ela lhe desperte uma grande atenção.

Os convidados deram exemplos de trabalho que souberam explorar as diferentes plataformas de maneira integrada. Giuliano Chiarada citou os programas Geral.com, Malhação ID e Tal Pai, Tal Filho, todos da TV Globo, como bons símbolos de integração entre as diferentes mídias. “Dentro da Globo já pensamos no conteúdo para cada uma das 3 telas (TV, internet e celular). Cada novo projeto da emissora é estudado com calma, para descobrirmos a maneira de explorar o seu conteúdo em outras divisões.

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Se a criação de diferentes plataformas de conteúdo em torno de um mesmo produto (novela, série, game, filme, etc) já é trabalhosa, a viabilização de um modelo de negócio transmídia que gere faturamento publicitário é um desafio ainda maior. Para os participantes do painel, entretanto, há uma saída simples para o início dessa transposição. “A linguagem imperativa e aquele apelo incisivo da publicidade não têm mais espaço dentro do conteúdo.

É preciso fazer com que a audiência se interesse pelo tema e inserir a marca dentro do contexto da história”, defende o representante da Globo. “Estamos no meio de uma revolução midiática. As pessoas já não gostam muito de anúncios soltos. Mas, a participação bem construída de uma marca pode ser muito bem sucedida em webseries e em outros tipos de conteúdo multiplataforma”, concorda Triona Campbell.

Entre os convidados, é comum a opinião de que o mercado publicitário ainda é atrasado a respeito da nova forma de consumo de mídia. Segundo eles, as marcas querem aproveitar tudo ao mesmo tempo: estar na internet, fazer ações nas redes sociais, aparecer na TV e no celular, mas não descobriram que, para tudo isso, é preciso ter uma pertinência no conteúdo oferecido, independente da plataforma de mídia escolhida.

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