Cabo vê competição na Apple, e não na Netflix

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Cabo vê competição na Apple, e não na Netflix

Para as grandes redes de TV paga dos Estados Unidos, interfaces são o futuro para o setor


16 de junho de 2011 - 8h19

A Netflix, a despeito de ter passado por cima da Blockbuster, não é o maior concorrente do cabo, e sim as empresas de tecnologia como a Apple, que criam dispositivos (como o iPad) e interfaces (apps e o modelo de negócios do iTunes). Essa é a constatação de participantes da National Cable Telecommunications Association Show (NCTAS), que aconteceu em Chicago, nesta terça-feira, 15.

O CEO da Time Warner, Jeff Bewkes, afirmou que a indústria do cabo tem perdido o jogo para as empresas de tecnologia nos últimos anos. “Tudo (conteúdo) pode ser acessado em smartphones e tablets e, principalmente, por conta da infraestrutura. As empresas de telefonia e de satélite, agora, nos copiam e nos ampliam”, disse.

Para os executivos, o futuro do cabo está nas interfaces. “Precisamos ter o mesmo controle sobre o nosso conteúdo como o pessoal de internet tem com os dispositivos”, defende Bewkes. “Precisamos descobrir como obter as melhores interfaces e adotá-las de forma universal em benefício de todos os consumidores”.

O presidente da Comcast, Neil Smit, acredita que o rompimento do cordão umbilical, ou seja, o cancelamento das assinaturas dos clientes do cabo, se tornou um desafio menos mensurável para o modelo de negócios do cabo em comparação com as experiências oferecidas por dispositivos portáteis. “Não podemos, nunca, dar aos clientes uma razão para cancelar a assinatura. Quer se trate de uma tela de iPad, de TV ou celular, vamos deixá-los para ver que caminho preferem. Traremos mais funcionalidades de vídeo para a tela da TV”, promete. Nesse sentido, a Comcast anunciou uma nova parceria com a Skype que permite aos clientes a realização de videoconferência a partir de seus televisores.

Experiência emocionante

O CEO da News Corp, Chase Carey, acha que iniciativas como a TV Everywhere precisam estar disponíveis em grande escala e com relativa facilidade para os clientes, de forma que o cabo possa realmente competir com outras tecnologias. “O que a Apple e (Steve) Jobs fazem de forma tão bem-sucedida é uma experiência emocionante intuitiva. Criamos conteúdo, é o que fazemos. Já começamos a trabalhar com os distribuidores para criar conteúdo de maneiras novas e interessantes. Temos que trabalhar em acordos, como são explorados e implantados, com os acordos que temos em jogo. Não pode ser apenas o Velho Oeste. Você precisa ter uma estrutura para fazer negócios”, afirma.

Quanto à Netflix, que prepara seu primeiro empreendimento de programação original para o final de 2012, o CEO da Viacom, Philippe Dauman, não vê o serviço de aluguel de filmes como um concorrente direto na programação ainda, e observa que o número de grandes estúdios nos negócios é o mesmo do que era há 75 anos. “Não é fácil entrar no negócio de conteúdo. Estamos 100% focados no conteúdo da nossa empresa e continuaremos a aumentar as apostas em nossa programação ao longo do ano, em recessão, nos bons e maus momentos, a fim de servir os consumidores”, promete.

Do Advertising Age.

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