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Conferência Internacional de Broadcast, em Amsterdã, coloca em discussão a velocidade e a qualidade da entrega do produto final para as pessoas, independentemente do dispositivo utilizado


9 de setembro de 2011 - 4h43

Acontece em Amsterdã, até a terça-feira 13, a IBC 2011 – Conferência Internacional de Broadcast. A IBC é o principal evento anual para profissionais que trabalham na criação, gerenciamento e entrega de entretenimento e conteúdo de notícias em todo o mundo. Sua primeira edição foi realizada em 1967, no Royal Lancaster Hotel, em Londres, e contou com apenas 32 expositores e 500 delegados da conferência.

Neste ano, a organização estima receber um número maior de participantes em relação ao registrado no ano passado, quando o evento atraiu mais de 48 mil pessoas, de 140 países, exibindo mais de 1.300 fornecedores de tecnologia do mundo.

Como a indústria de transmissão de mídia e do entretenimento continua a desenvolver novas tecnologias para atingir uma base de clientes mais exigentes, a velocidade de entrega do produto final se torna ainda mais crítica, para manter e fazer crescer a lealdade do cliente.

Essa foi a principal discussão que dominou a maioria dos painéis apresentados no primeiro dia. O produtor de conteúdo não deve ter em foco apenas na qualidade final do seu produto, mas também deve criar condições para disponibilizá-lo com agilidade a outros veículos, tais como celulares e mídias socias. Afinal, o usário, que tempos atrás atuava apenas como consumidor passivo, tornou-se agente imprescindível no processo.

Em um anúncio aguardado, Mike Fries, CEO da Liberty Global, conduziu de forma contagiante o lançamento de seu novo produto: o Horizon, um impressionante gestor de meios de comunicação (home media gateway). O aparelho integra TV a cabo, conteúdo pessoal da web e distribui o conteúdo via wireless para receptores e dispositivos portáteis por streaming. Fries disse que com o Horizon reinventou a televisão.

O Horizon funciona como um coração digital. Pode-se navegar na internet ou assistir o conteúdo na televisão e ainda ter acesso de forma indepente em outros suportes. O produto possibilita a gravação de conteúdo em hard disk interno, a busca de conteúdo online. O equipamento possui um software que atua como gestor de informações. A navegação é feita de forma intuitiva, por meio de um controle remoto ou de aplicativos (apps) para os portáteis.

Fries explicou que o desenvolvimento de apps para smartphones e tablets ja é possível e que 60 parceiros já assinaram com a empresa para criarem novos aplicativos para o sistema. O aparelho é produzido pela Samsung e possui o novo chip da Intel, o Atom Media Processor chip-set. Segundo Fries, o custo do aparelho será pequeno, buscando dessa maneira atrair um número grande de usuários. É aguardar para conferir.

*João Daniel Moura, do Auto+, que acompanha a conferência, escreve para o Meio & Mensagem como colaboração.

 

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