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Mercado discute modelos para tablets

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Mercado discute modelos para tablets

Modelo gratuito do Brasil 247 é único no mercado, e sua expansão regional se dá via internet


13 de setembro de 2011 - 11h59

Num dos painéis dessa segunda-feira, 12, o V Fórum da Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) abriu espaço para os tablets. No seminário “Tablets: Novo modelo de negócios”, o presidente da editora Europa, Aydano Roriz, expôs a trajetória da editora na oferta de elementos de inovação – a editora popularizou em seus exemplares de revistas devices como CD-ROM, divulgou o Linux, os videogames do Playstation e o passo a passo para fotografia digital.

Atrás de aplicações para os tablets, ele rechaça uma das máximas do mercado, de que a Apple estaria cobrando caro. “Acho até barato os 30% da Apple. Porque pago até 50% do valor para colocar minhas revistas nos supermercados; já a Apple coloca meu produto no mundo inteiro”.

Roberto Muylaert, presidente da Aner, falou sobre a publicidade nos tablets. Para ele, o desafio de monetização passa pela seguinte questão: a publicação é paga ou gratuita? “Sou mais partidário das publicações pagas. E o tablet é um ambiente digital mais fechado que permite isso”. Ele vê como diferenciais para os anúncios no dispositivo: é capaz de engajar mais, tem boa qualidade, tem possibilidade de agregar mais valor, e é possível ter atualização dos anúncios de acordo com as preferências que o leitor for indicando. Ainda segundo Muylaert, é possível perceber detalhadamente o que faz cada leitor. “Diferentemente da internet, no tablet se pode continuar a ver o anúncio no ambiente offline.”, afirma o presidente da Aner, para quem o anúncio é sem dúvida a fonte mais certa de monetização. Diante da facilidade de se avaliar os resultados, ele vê como desafio facilitar a produção dos anúncios.

Ivan Zumalde, da Rickdan/My Mag, expôs como a revista vem trabalhando na costumização do conteúdo para o leitor individualmente com o uso da internet. Sobre o Brasil 247, primeira publicação exclusiva para os tablets no País, seu sócio e idealizador Leonardo Attuch, contou como coloca duas edições/dia nos tablets: às 6h e às 20h. Na web, o conteúdo que fora pensado para ser meramente institucional, passou a ser atualizado 24 horas, e o Brasil 247 tenta ser mesmo um jornal na plataforma internet. O diferencial do Brasil 247 é também, na opinião do sócio, seu maior ponto de vantagem: a gratuitade. O esforço de se cobrar só dos anunciantes gera um conforto à startup.

“Lançamos a publicação numa fase boa da economia brasileira”, diz Attuch, que prevê agora neste mês o break even do empreendimento. Na sua apresentação, minutos antes, Roberto Muylert tinha contado nove anúncios na edição do dia do Brasil 247 no tablet.
Mas é na internet que o título, com ênfase nas coberturas de política, vê sua possibilidade de expansão regional. O primeiro derivado foi lançado com a página local Bahia 247, a que se seguiu a página de Brasília; haverá a criação de Pernambuco e Rio de Janeiro até outubro. “A ideia é ter um jornal local em cada capital”, diz. A publicação fez uma ampla parceria com a Positivo Informática, o que viabilizou boa parte dos investimentos.
 

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