A crise não chegou aos cinemas brasileiros

Meio & Mensagem
20 de julho de 2015 - 4h19

Os cinemas brasileiros não estão sentindo o efeito da crise econômica. Relatório da Agência Nacional de Cinema (Ancine) mapeando o movimento de bilheteria entre janeiro e abril deste ano mostra uma alta de 18,1% no número de espectadores que chegaram a 43,4 milhões, alta de 18,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento está sendo impulsionado principalmente pelas grandes estreias internacionais como “Vingadores: Era de Ultron” e “Cinquenta Tons de Cinza”. O cinema nacional, apesar de estar com um número considerável de produções, teve um público 28,7% menor no período.

Um outro levantamento, realizado pela empresa de monitoramento Rentrak, e que traz números fechados do primeiro semestre, mostra que o crescimento do público nos cinemas brasileiros foi de 12,5%. Se esse ritmo se mantiver será o maior crescimento registrado nos últimos quatro anos. Não são apenas os lançamentos que estão ajudando, outros fatores como investimento em estrutura e expansão também estão contribuindo. Atualmente, o número de salas chega a 3 mil no Brasil, o triplo de vinte anos atrás.

Apesar do ritmo de crescimento da movimentação no cinema, que se mantém há quatro anos, a compra deste tipo de mídia ainda segue uma tendência de alta desproporcional. Em 2014, a receita total com publicidade no cinema foi de R$ 114 milhões, alta de 5,2% em relação a 2013. A categoria ganha apenas de Guias e Listas e Mídia Exterior.

A lista das principais bilheterias acumulados do ano, responsáveis por impulsionar a movimentação das salas em 2015 (em milhõe):

1) Vingadores: Era de Ultron: R$ 145.951.000
2) Velozes e Furiosos 7: R$ 142.445.000
3) Cinquenta Tons de Cinza: R$ 87.767.000
4) Jurassic World-O Mundo dos Dinossauros: R$ 83.664
5) Minions: R$ 79.572
6) Cinderela: R$ 50.082
7) Bob Esponja-Um Herói Fora Dágua: R$ 48.289.000
8) Loucas pra Casar: R$ 45.869.000
9) Êxodo-Deuses e Reis: R$ 41.200.000
10) Os Pinguins de Madagascar: R$ 40.621.000