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Espanhol RBA associa-se à Abril Coleções

Em meio a dúvidas sobre a saúde financeira do grupo, setor firma parceria com multinacional europeia da área de comunicação


20 de maio de 2013 - 9h46

Por Igor Ribeiro

O mercado tem encontrado informações difusas sobre o Grupo Abril, muitas delas pessimistas. De todas, só uma recebeu um comentário oficial da empresa, nesta segunda 20: a Abril Coleções associou-se à espanhola RBA Coleccionables.

Questionada pelo Meio & Mensagem sobre uma provável venda da divisão, a editora disse, por meio de sua assessoria corporativa, que a “Abril Coleções está se reestruturando por conta da associação que fez com a RBA, que é uma das maiores editoras espanholas de coleções”.

A empresa citada pertence ao Grupo RBA, fundado em 1991 em Barcelona e atuante nas áreas editoriais de livros e revistas, em audiovisual e em coleções. Além de publicar alguns dos títulos mais vendidos da Espanha, detém marcas como National Geographic e Elle em alguns dos 50 países onde opera. A multinacional relata em seu site ter faturado € 383 milhões em 2011, o equivalente a R$ 1 bilhão.

A associação não sossega, porém, outras dúvidas que correm o mercado sobre a exaustão de recursos da Abril para manter a grande carta de produtos que possui. Apesar de o grupo ter anunciado receita líquida de R$ 2,98 bilhões em 2012, a MTV tornou-se uma das operações mais onerosas da empresa. Licenciamento da Viacom cujo contrato vai até 2018, há disposição em revê-lo antes disso. Entre as possibilidades, há a gestão da emissora pela própria criadora e um reposicionamento de marca e conteúdo. Fontes também apontam que o grupo aventa a possibilidade de descontinuar revistas e outras áreas que rendem pouco, mas não se posicionou oficialmente sobre essas informações.

A redução de custos poderia envolver operações completas, já que não haveria mais margem de cortes possíveis na atual estrutura sem perda de produtos. Em meio a esse cenário, ainda há a preocupação com a saúde do presidente do Conselho de Administração, Roberto Civita, que sofreu uma cirurgia abdominal e está internado há dois meses, em estado delicado. Foi substituído por Giancarlo Civita na última semana de março.
 

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