Mídia

Até setembro, Globo faturou R$ 8,8 bilhões com publicidade

Faturamento da empresa de mídia com comercialização de anúncios é 11% superior em comparação com mesmo período de 2024

i 27 de novembro de 2025 - 18h47

Globo faturamento

Novela Vale Tudo bateu recorde de inserções comerciais na dramaturgia da Globo em 2025 (Crédito: Divulgação)

Entre os meses de janeiro a setembro de 2025, o faturamento da Globo (considerando as operações de TV aberta, canais pagos, streaming e digital) com comercialização de publicidade alcançou o montante de R$ 8,8 bilhões.

A quantia é 11% superior ao faturamento publicitário registrado entre janeiro e setembro de 2024, quando a empresa havia obtido um número de R$ 8 bilhões.

Os resultados foram compartilhados com os funcionários da Globo nesta quinta-feira, 27, por meio de um comunicado interno, assinado pelo diretor presidente, Paulo Marinho.

Os dados, aos quais a reportagem de Meio & Mensagem teve acesso, detalham os resultados da empresa no terceiro trimestre do ano (período que engloba os meses de julho, agosto e setembro).

Naquele trimestre, a receita total da Globo foi de R$ 4,5 bilhões, ligeiramente superior aos R$ 4,4 bilhões, registrados no terceiro trimestre do ano passado.

Desse montante, R$ 3,1 bilhões provêm de comercialização de publicidade, enquanto R$ 1,3 bilhão são originados de receitas com assinaturas, canais pagos e vendas de conteúdo ao exterior. Os R$ 126 milhões restantes são classificados como Outras Receitas, que, segundo a Globo, abrangem diretos esportivos de transmissão, serviços e outros.

“Período complexo e desafiador”

No texto do comunicado, Paulo Marinho afirma que a empresa tem “vivenciado um momento complexo e desafiador no mercado de mídia, que exige de todos nós disciplina de custos, foco constante em resultados e a busca por inovações para atender aos anseios dos consumidores”.

Ao analisar a receita líquida do terceiro trimestre, de R$ 4,5 bilhões, Marinho pontua o crescimento de 3% na comparação com o mesmo período do ano anterior e faz uma observação em relação às receitas comerciais.

“Apesar de ainda buscarmos atingimento das receitas publicitárias, tivemos um crescimento impulsionado, principalmente, pela integração de novos negócios, como Eletromidia e Telecine”, escreveu Marinho. Ele destacou, ainda, que os custos recuaram 5%, mesmo com investimentos em novos negócios, “beneficiado pela ausência de despesas em relação à Olimpíada”, que haviam impactado o balanço financeiro no mesmo período de 2024.

O diretor-presidente também mencionou alguns dados de plataformas digitais da empresa, citando que o Globoplay registrou 34% de aumento em sua base de assinantes, na comparação com o ano anterior, mas não abriu os números da plataforma. Também pontou que o Premiere Play ampliou sua receita em 16%.

O Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 486 milhões no terceiro trimestre do ano, um crescimento de 189% ante os R$ 168 milhões do terceiro trimestre de 2024.

No acumulado do ano (de janeiro a setembro) o Ebitda da Globo é de R$ 1,4 bilhão, mesma quantia registrada nos nove primeiros meses do ano passado.